O Direito de Beneficiar-se do Avanço da Ciência e os Transgênicos
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Quando
a 27/06/2016 - 17:00
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No primeiro seminário, realizado em 13 de junho de 2016, foram discutidos o significado e o alcance do direito de beneficiar-se do avanço da ciência e de suas aplicações no contexto do modelo da interação entre a atividade científica e valores (M-CV). Além disso, foram discutidas as implicações desse direito para a pesquisa médica e a área da saúde; e as tensões entre esse direito e a ciência comercializada, bem como as tensões entre a liberdade da pesquisa científica, afirmada na Declaração de Veneza, e a ampla participação democrática nas decisões sobre as prioridades da pesquisa científica, também proposta pela mesma Declaração de Veneza e pelo Relatório Especial sobre direitos humanos no âmbito da cultura.
Neste seminário, o objetivo é aprofundar a relevância do direito de acesso à ciência para as deliberações que conduzem à introdução de inovações tecnocientíficas no “mundo da vida”, isto é, o mundo no qual todos vivemos cotidianamente. Pretende-se, também, começar a oferecer respostas a questões colocadas no seminário anterior, em particular às seguintes questões:
- Qual é a pesquisa (com a adoção de quais estratégias?) que deve ser conduzida para que todos possam beneficiar-se do avanço da pesquisa científica e de suas aplicações, e para que as aplicações do conhecimento científico no mundo da vida não interfiram nos direitos afirmados na Declaração Universal, e mais geralmente não ocasionem prejuízos, para as pessoas (e os grupos)?
- Quem deve participar nas tomadas de decisão do que se considera prioridade na pesquisa científica e do que se considera legítimo na introdução de uma inovação tecnocientífica no mundo da vida, no cotidiano das pessoas?
Para responder adequadamente às questões acima, é importante refletir primeiramente sobre alguns casos particulares. O foco da discussão deste seminário será nos transgênicos, e a questão do seminário é a seguinte:
Em virtude do direito universal que todos têm de beneficiar-se do avanço da ciência, como podem (e devem) ser informadas as deliberações das comissões responsáveis para a liberação das variedades dos transgênicos para o uso agrícola e comercial?
Moderador
Inscrições
Evento público, gratuito e com inscrição prévia
Programação
14h |
Hugh Lacey (pesquisador visitante CNPq-IEA-USP e Swarthmore College) A primeira questão é reformulada em termos do M-CV, de modo que agora trata-se de: (a) que tipos de prejuízos e riscos do uso de uma variedade particular de transgênicos (ocasionados por quais tipos de mecanismos) devem ser investigados cientificamente? E (b) que tipos de estratégias precisam ser adotadas nessas pesquisas, para fornecer forte apoio científico para a reivindicação de que os usos (cultivo, distribuição, consumo) do transgênico – sob as condições socioeconômicas e nos agroecossistemas atuais – são seguros? |
15h |
Marijane Vieira Lisboa (PUC-SP) Que procedimentos são seguidos pela CTNBio para avaliar as possíveis consequências prejudiciais dos usos dos transgênicos? Servem para assegurar que o direito de beneficiar-se do avanço da ciência será promovido? |
16h | Intervalo |
16h15 | Debate |
Evento com transmissão em: http://www.iea.usp.br/aovivo