Contribuições das Línguas Africanas na Constituição das Línguas Gerais
Detalhes do evento
Quando
a 09/03/2020 - 17:00
Onde
Nome do Contato
Telefone do Contato
A costa brasileira, de norte a sul, estava repleta de portugueses, índios da terra e negros da Guiné, que viviam nas freguesias e trabalhavam nos engenhos e nas lavouras, segundo informações do próprio Anchieta.
A geografia do negro sobrepunha-se simultaneamente à do português e à do aldeamento indígena missionário, onde habitavam indígenas e jesuítas. Onde havia portugueses, havia também indígenas e escravizados africanos.
Nesta palestra, argumenta-se que a geografia da nomeação étnica é pautada por um critério estritamente político: a delimitação territorial das concessões portuguesas acabou praticamente por projetar-se no discurso científico, traduzindo-se como a delimitação entre “famílias linguísticas” que partilhassem semelhanças lexicais.
Examinaremos a convivência multiétnica e multilíngue favorecida pelos aldeamentos jesuítas e a escravidão simultânea de negros e indígenas nos engenhos e nas lavouras. Analisando o tupi descrito por Anchieta, uma nova abordagem será apresentada, segundo a qual o relacionamento histórico entre negros e indígenas deixou fortes marcas linguísticas da língua de Angola no tupi.
Exposição:
Laisa Tossin (UnB e BBM USP)
Coordenação:
Paulo Farah (FFLCH/Grupo de Pesquisa Diálogos Interculturais do IEA-USP )
Inscrições
Evento público e gratuito | Sem inscrição
Não há necessidade de inscrição para assistir à transmissão on-line.
Capacidade do auditório: 60 lugares
Organização
Apoio
Biblioteca Brasiliana Guita e José Mindlin (BBM USP)
Núcleo de Apoio a Pesquisa Brasil África (USP)
Núcleo de Estudos das Diversidades, Intolerância e Conflitos (Diversitas FFLCH USP)
Universidade de Brasília (UnB)
Evento com transmissão em: http://www.iea.usp.br/aovivo