Agência Africana e Indígena em São Paulo no Período Colonial
Detalhes do evento
Quando
a 11/06/2024 - 16:30
Onde
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O evento apresenta estudos recentes e inovadores no campo da história social, focando nas complexas redes de sociabilidade e experiências de populações africanas e indígenas na São Paulo colonial. As apresentações abordarão as dinâmicas internas daquela sociedade, examinando suas estruturas e investigando como os diferentes sujeitos históricos atuavam e se relacionavam em um contexto desafiador de controle e opressão.
Para isso, serão discutidas categorias explicativas como "agência", "resistência" e "autonomia".
Inscrições
Evento público e gratuito | sem inscrição prévia
Não haverá certificação
Organização
Grupo de Pesquisa Tempo, Memória e Pertencimento
JP2 FAPESP-Barroco Açu
Programação
14h30 |
Abertura: Renata Martins (IEA e FAU-USP / JP2 FAPESP Barroco-Açu) e Luciano Migliaccio (IEA e FAU-USP / JP2 FAPESP Barroco-Açu) |
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Palestrantes: |
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Joaquim Pinto de Oliveira, o Tebas: escravidão e autonomia em São Paulo colonial - Luis Gustavo Reis (LAPHA/UNIFESP) Joaquim Pinto de Oliveira, o Tebas, entrou para a História pela alcunha: Tebas. Especialista no ofício da cantaria, esse mestre de obras escravizado foi responsável por reformar diversos edifícios na São Paulo setecentista. Foi ele quem, entre outras obras, construiu a fachada da antiga Catedral da Sé, reformou o Mosteiro de São Bento, a igreja da Ordem Terceira do Carmo e a fonte de São Francisco. Além disso, erigiu o primeiro chafariz público de abastecimento de água da cidade: o Chafariz da Misericórdia. Gozando de relativa autonomia, conquistou a alforria e deixou suas impressões digitais em monumentos arquitetônicos visíveis até hoje na paisagem urbana paulista. |
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Ser indígena em São Paulo no século XVII - Gustavo Velloso (UFBA) Entre os múltiplos espaços cujos processos de transformação dinamizaram a América indígena em tempos de colonização europeia, São Paulo se apresenta como um caso singular. Especialmente durante o século XVII, ali se configurou e se reproduziu uma sociedade colonial agrícola caracterizada tanto pelo emprego estruturante do trabalho compulsório quanto por uma proeminência demográfica massiva das populações indígenas. Com efeito, o grande problema que se coloca para quem queira compreender as lógicas e dinâmicas internas daquela sociedade consiste no dimensionamento das possibilidades de atuação e intervenção dos diferentes sujeitos ameríndios no devir histórico de sua época. Colocando à prova as categorias explicativas “agência” e “resistência”, amplamente disseminadas na historiografia corrente. A exposição oferece uma discussão centrada em dois episódios paradigmáticos: o assassinato do chefe guarani aldeado Timacaúna, por volta de 1623, e a participação simultânea de escravos indígenas falantes do jê e do guarani em uma onda de pequenas sublevações ocorridas em São Paulo nas décadas de 1650 e 1660. |
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Debatedores: |
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Renato Araújo (Curador Independente) |
Fabrício Forganes (JP2 FAPESP-Barroco Açu) | |
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Mediadora: |
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Angélica Brito Silva (FAU-USP / JP2 FAPESP Barroco-Açu) |
16h30 |
Encerramento |
Evento com transmissão em: http://www.iea.usp.br/aovivo