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Conversa sobre o Antropoceno

por Sandra Sedini - publicado 31/01/2018 11:30 - última modificação 26/04/2018 15:07

Detalhes do evento

Quando

de 24/04/2018 - 15:00
a 24/04/2018 - 17:00

Onde

Sala Alfredo Bosi, Rua Rua da Praça do Relógio, 109, Butantã, São Paulo

Nome do Contato

Telefone do Contato

11 3091-1678

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A atual mudança climática é um fenômeno tão profundo e radical que levou Paul J. Crutzen (prêmio Nobel de química em 1995 por descobertas atmosféricas) a propor o encerramento da longa Época que as geociências chamam de Holoceno. Isto é, os últimos 11.717 anos (com margem de erro de 99), ao longo dos quais ocorreu o processo civilizador. Desencadeado pelo advento de práticas agropecuárias que aos poucos foram viabilizando a minimização de sistemas de sobrevivência extrativistas, dependentes de coleta, caça e pesca. E que agora entra em etapa das mais enigmáticas, principalmente por causa da inteligência artificial (ou “inteligência cognitiva”, como preferem outros).

Em 2000, num importante encontro científico em Cuernavaca, depois de ouvir repetidas menções de paleontólogos ao Holoceno, Crutzen balbuciou o termo Antropoceno em irritado repente. Rótulo já usado informalmente havia vinte anos pelo biólogo Eugene F. Stoermer, e cuja compreensão tivera vários precursores, entre os quais o geoquímico russo Vladimir I. Vernadsky, que no início do século XX renovara a visão da biosfera.

Embora essa ideia de passagem do Holoceno ao Antropoceno ainda não esteja oficializada pela comunidade científica - o que só poderá ocorrer em 2020, no próximo congresso mundial de geologia – parece bem fraco o argumento dos que a ela se opõem, por alegarem apenas que os registros estratigráficos disponíveis ainda não se tornaram suficientemente robustos.

Ao mesmo tempo, os argumentos favoráveis à proposta de Crutzen, que proliferaram em periódicos científicos nos últimos dezessete anos, são suficientemente heterogêneos para que mereçam escrutínio mais atento dos pesquisadores em geral. E particularmente daqueles que também estudam a já trintenária utopia do “desenvolvimento sustentável” e/ou seu resultante novo valor, a “sustentabilidade”.

Expositores

Sonia Maria Barros de Oliveira (IGc/USP)

Reinaldo José Lopes (Folha de S. Paulo)

Coordenador

José Eli da Veiga (IEE/USP)

Inscrições

Evento público e gratuito | Sem inscrição prévia

Não há necessidade de inscrição para assistir à transmissão on-line.

Capacidade da sala: 60 pessoas

Onde estamos

Evento com transmissão em: http://www.iea.usp.br/aovivo