Você está aqui: Página Inicial / EVENTOS / Centralidades Periféricas: A Cena Teatral que Ecoa das Periferias

Centralidades Periféricas: A Cena Teatral que Ecoa das Periferias

por Rafael Borsanelli - publicado 21/05/2018 15:40 - última modificação 13/11/2018 16:54

Detalhes do evento

Quando

de 22/10/2018 - 13:00
a 22/10/2018 - 16:00

Onde

Sala Alfredo Bosi, Rua da Praça do Relógio, 109, térreo, Butantã, São Paulo

Nome do Contato

Telefone do Contato

(11) 3091-1678

Adicionar evento ao calendário

O terceiro encontro do ciclo Centralidades Periféricas, sobre artes e culturas no Brasil, traz para a USP a discussão acerca da cena teatral que ecoa das periferias. O diálogo reunirá artistas de algumas partes do país com o objetivo de promover uma vivência nessa linguagem que vem afirmando o lugar das periferias na cena artística nas cidades.

Centralidades Periféricas são diálogos ​para o público geral entre docentes, técnicos, estudantes, artistas, intelectuais, ativistas e  moradores de periferias brasileiras. Sobre o tema geral 'Democracia, Artes e Saberes Plurais', são estimulados diálogos e interações que contribuam para aproximar a universidade e as periferias, reconhecer suas produções e ampliar os meios para a maior representação dos sujeitos e experiências periféricas na Universidade de São Paulo.

Expositores

Cell Dantas (Bando de Teatro Olodum, BA)

Edson Paulo (Buraco d'Oráculo, SP)

Fernando Yamamoto (Clowns de Shakespeare, RN)

Adriano Mauriz (Pombas Urbanas, SP)

Carolina de Camargo Abreu (Napedra - USP)

Moderação

Eliana Sousa Silva (titular da Cátedra Olavo Setubal de Arte, Cultura e Ciência - IEA-USP e diretora da Redes da Maré)

Inscrição

Evento público e gratuito  | Com inscrição prévia

Não há necessidade de inscrição para assistir à transmissão on-line.


Sobre as companhias

Bando de Teatro Olodum (BA)

O grupo foi criado em 17 de outubro de 1990, em Salvador, a partir de uma parceria entre o diretor Marcio Meirelles e o Grupo Cultural Olodum. É a companhia negra mais popular e de maior longevidade na história do teatro baiano e uma das mais conhecidas do país. A primeira peça encenada pelo Bando foi Essa É Nossa Praia, comandada por Marcio Meirelles e pela diretora francesa Chica Carelli (co-fundadora da companhia). 22 atores — todos negros — formaram o corpo desta primeira apresentação.

Além das palavras encenadas, a música e a dança são características marcantes das apresentações do grupo, principalmente após a incorporação do diretor de movimento Zebrinha, em 1993, e do diretor musical Jarbas Bittencourt, em 1996. A terceira peça do Bando, lançada em 1992, foi também uma das mais famosas: Ó, paí, Ó! A peça inspirou um filme homônimo, dirigido em 2007 por Monique Gardenberg, e um seriado exibido pela TV Globo em 2008 e 2009. Sempre com pitadas da vivência da população negra da Bahia, o grupo encenou grandes clássicos, como Sonho de uma Noite de Verão, de William Shakespeare e A Ópera de três Vinténs, de Bertolt Brecht.

Buraco d'Oráculo (SP)

O grupo foi criado em 1998, com o intuito de fazer um teatro que discutisse o homem urbano contemporâneo e seus problemas. Desde sua fundação, a companhia de teatro se apresenta exclusivamente nas ruas, por ser a maneira mais efetiva de compartilhar momentos de reflexão e afetividade. O trabalho do grupo é calcado em três pontos fundamentais: a rua, como local fundamental para promover o encontro direto com o público; a cultura popular, como fonte inspiradora de criação; e o cômico, destacando-se a farsa e as relações com o denominado “realismo grotesco”.

A atuação do grupo se focou, desde sempre, na zona leste de São Paulo, principalmente na região do bairro de São Miguel Paulista. A partir de 2005, apresentação passaram a ser feitas também em 18 unidades da Companhia Metropolitana de Habitação (Cohab) da zona leste da capital. Nos 20 anos de história, a grupo apresentou oito peças usando o popular, o cômico e a rua como determinação e alvo de crítica.

Clowns de Shakespeare (RN)

Criado em 1993 em Natal, capital do Rio Grande do Norte, o grupo desenvolve uma investigação com foco na construção da presença cênica do ator, a musicalidade da cena e do corpo, teatro popular e comédia, sempre sob uma perspectiva colaborativa. Mesmo sem trabalhar diretamente com palhaço, a técnica do clown está presente na sua estética, seja na lógica subvertida do mundo, seja na relação direta e verdadeira com a plateia, seja no lirismo que compõe o universo desses seres.

No seu currículo, o grupo traz importantes conquistas que conferem uma posição de referência na cena potiguar e nordestina, passando por cerca de 80 de cidades brasileiras, além de Portugal, Espanha, Chile, Equador e Uruguai. O grupo mantém o seu espaço-sede, o Barracão Clowns, no qual realiza cotidianamente seus trabalhos de produção, treinamento e pesquisa, ministra cursos e oficinas, e recebe profissionais e espetáculos de diferentes estados e linguagens artísticas.

Pombas Urbanas (SP)

O Grupo Pombas Urbanas foi criado em 1989 a partir da participação no projeto “Semear Asas”, concebido pelo diretor peruano Lino Rojas, que teve como objetivo formar atores e técnicos para o teatro com jovens de São Miguel Paulista, na Zona Leste de São Paulo. Ao longo de sua existência, o grupo realizou pesquisas sobre a formação do ator, linguagem e dramaturgia, formando um repertório de 15 espetáculos, em sua maioria textos de autoria de Rojas.

A pesquisa do grupo se caracteriza pelo estudo contínuo da cidade de São Paulo e seus habitantes e na construção de uma linguagem cênica que traz a poética do jovem brasileiro contemporâneo. Em 2002, através do trabalho do grupo, foi criado também o Instituto Pombas Urbanas, que tem por missão contribuir para o desenvolvimento de Cidade Tiradentes, bairro da Zona Leste de São Paulo, por meio da arte, suas raízes culturais e da capacidade transformadora do jovem.

Evento com transmissão em: http://www.iea.usp.br/aovivo