Venenosas, Nocivas e Suspeitas: História de Mulheres, IAs e Plantas
Detalhes do evento
Quando
a 18/06/2024 - 21:00
Onde
Nome do Contato
Ciclo Arte Ciência Tecnologia 2024 - IEA Polo São Carlos
Criado em 2023 e sediado no IEA-USP polo São Carlos, o Grupo de Pesquisa ACT> Arte Ciência Tecnologia tem por finalidade reunir pesquisadores e artistas para a proposição e a reflexão sobre trânsitos conceituais e práticas interdisciplinares entre arte, ciência e tecnologia, a partir de temas emergentes no cenário contemporâneo.
Para esta etapa inicial foram selecionados 3 temas estratégicos: Informação, Meio-ambiente e Infraestrutura, a partir dos quais intercruzamentos, articulações, reflexões e novos processos formativos possam ser vislumbrados e experimentados.
O segundo encontro do Ciclo ACT> traz a artista Giselle Beiguelman para discutir arte, ciência e inteligência artificial, a partir de seus projetos artísticos mais recentes, como Botannica Tirannica.
GISELLE BEIGUELMAN
Artista e professora da FAU-USP. Pesquisa acervos e métodos de preservação de arquivos nato-digitais, arte e ativismo na cidade em rede e as estéticas da memória no século 21. É coordenadora do Projeto Temático Fapesp Acervos Digitais e Pesquisa: arte, arquitetura e design e autora de Políticas da imagem: vigilância e resistência na dadosfera (UBU Editora, 2021; 2a ed. 2023) e Memória da amnésia: políticas do esquecimento (Edições Sesc, 2019), entre outros. Suas obras artísticas integram acervos de museus no Brasil e no exterior, como ZKM (Alemanha), Jewish Museum Berlin, MAC-USP e Pinacoteca de São Paulo. Em seus projetos recentes investiga a construção do imaginário colonialista das artes e das ciências com recursos de Inteligência Artificial. Recebeu vários prêmios nacionais e internacionais.
"Em Botannica Tirannica, Giselle Beiguelman amplia o escopo de seu trabalho para o campo da ciência e investiga a relação entre a ciência hegemônica, a botânica clássica e o imaginário colonialista historicamente presente nas formas de dominação da natureza.
Para estabelecer uma genealogia científica do preconceito, Beiguelman utilizou recursos de Inteligência Artificial para cruzar e combinar várias espécies com nomes depreciativos. Num jardim pós-natural, nascem híbridos, plantas ao mesmo tempo reais e inventadas, verdadeiras e falsas, desfazendo assim o ímpeto taxonômico através dos seus corpos estranhos e nomenclaturas impronunciáveis.
Contra as forças taxonômicas, os binarismos impostos e as identidades fixas, Botannica Tirannica revive as tradições de peregrinação e nomadismo para reconhecer as plantas, em particular as “ervas daninhas”, como formas de vida resistentes e resilientes, criaturas agora plantadas em jardins reais e digitais. Desses jardins, elas não serão eliminadas." Ilana Feldman / Fonte: desvirtual.com
Inscrições
Evento presencial | Evento público e gratuito | Com inscrição
Vagas limitadas | Com certificado (*)
(*) Serão emitidos certificados mediante frequência mínima de 75% no conjunto das palestras