O Desafio da Corrupção na Política e a Exigência de Alternativas
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a 09/03/2017 - 17:30
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A difusão do poder do Estado para instituições não estatais, principalmente para grandes corporações, foi acompanhada por uma enorme concentração de capital. O alto custo das campanhas eleitorais leva a uma corrupção na política, já que os candidatos ficam dependentes do financiamento de uma minoria que detém a maioria do capital e que, por esta via, exerce uma enorme influência no processo político. Este poder de influência de aproximadamente 1% da população sobre o processo democrático é chamado pelo movimento “Ocupy Wall Street” de “corporocracia”. Tal poder é exercido também pelas chamadas exigências do mercado, através das agências de rating, que levam alguns a falar em democracia sem voto. O combate à corrupção pessoal que tal sistema provoca é acompanhado por um enfraquecimento das instituições representativas dos eleitores e um reforço do ativismo judicial. A percepção dos eleitores é de que o seu voto pouco conta e que não existe alternativa política nos partidos do sistema, o que leva muitos a procurarem alternativas nos partidos e candidatos populistas, cujo exemplo mais notório é Donald Trump.
No quarto seminário que completa o ciclo Megatendências Globais e Desafios à Democracia serão discutidas a corrupção na política e a exigência de alternativas a partir das experiências brasileira, estadunidense e europeias. Faz sentido falar de "corporocracia" das grandes empresas? Como garantir um financiamento justo das campanhas eleitorais? Como garantir a revalorização do voto? Qual o papel da sociedade civil no combate à corrupção da política? Quais são as experiências bem-sucedidas politicamente no combate à corrupção?
O ciclo Megatendências Globais e Desafios à Democracia é coordenado por Álvaro Vasconcelos, investigador do CEIS20 da Universidade de Coimbra e do IRI-USP. Tem como objetivo discutir de que forma as grandes tendências mundiais impactam no futuro da democracia no Brasil e no mundo. Em seminários anteriores, foram discutidos a crise da democracia representativa e a exigência da democracia participativa; o desafio do nacionalismo identitário e a exigência da inclusão; e a crise dos refugiados e exigência da hospitalidade.
Coordenação
Inscrições
Inscrições encerradas.
Programação
Abertura
Álvaro de Vasconcellos (IEA) e Renato Janine Ribeiro (FFLCH e IEA - USP)
Debatedores
Ana Elisa Bechara (FD-USP)
Esther Solano (UNIFESP)
Helcimara de Souza Telles (UFMG)
Marcos Fernandes Gonçalves da Silva (FGV)
Pedro Dallari (IRI-USP)
Evento com transmissão em: http://www.iea.usp.br/aovivo