Questões Centrais da Crise nos Cursos de Engenharia
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Quando
a 27/08/2020 - 17:00
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Webinar
O final da segunda década do século XXI foi marcado por crise sem precedentes na formação de engenheiros em nosso país.
O lançamento do PAC em janeiro de 2007 promoveu grande avanço da profissão devido à expectativa de elevados investimentos em infraestrutura - da ordem de 250 bilhões de dólares do governo central – que exigiria, nos quatro anos seguintes, 250 mil engenheiros, muito acima da capacidade de formação de nossas escolas.
Em consequência, foram criados vários incentivos à formação de mais engenheiros, desde o programa Pró-Engenharia da CAPES até as políticas de incentivos do FIES (para o setor privado) e do REUNI para o setor público, que resultaram em um aumento de 50% na oferta de cursos de Engenharia no Brasil, nem sempre obedecendo aos padrões de qualidade desejáveis. Até então, a procura pela Engenharia no Brasil era inferior ao que se observava na OCDE e na China, por exemplo.
No entanto, por uma série de razões políticas e econômicas, a previsão anunciada em razão do PAC não ocorreu, ao contrário, aumentou o desemprego na profissão afastando muitos jovens dessa carreira. A demanda dos estudantes para as Engenharias é uma das que mais segue as variações do PIB nacional.
Assim, a nova década começa com notícias de fechamento de escolas de Engenharia. O fechamento é fato que causa impacto e pode ser medido, no entanto, o fechamento “silencioso”, ou seja, aquele traduzido pela redução na oferta de matrículas ou por vagas ociosas não é devidamente analisado, ou até mesmo conhecido e, sem dúvida, é elevado, sem mencionar outros fatores como os altos índices de evasão que ocorrem nas Engenharias. Há uma carência de dados e análises sistemáticas destes dados para embasar políticas educacionais de ensino superior e avaliar a repercussão destas políticas.
Este evento tem como finalidade apresentar e discutir o tema buscando responder a essas questões:
Quais são, afinal, os dados mais importantes para a gestão e tomada de decisões sobre a Engenharia no país? O que nos mostram os países líderes? Que medidas podem e devem ser tomadas para reverter este quadro negativo? Como poderão se organizar as IES para acompanhar as oscilações da demanda na formação de engenheiros e atrair mais estudantes? Deve existir uma política de incentivos para diminuir as nefastas consequências das flutuações da demanda em áreas importantes para o desenvolvimento do país, como a Engenharia?
Organizadores Acadêmicos: José Roberto Cardoso, Ex-diretor da Escola Politécnica da USP e Roberto Lobo, ex-reitor da USP e da UMC.
Expositor:
Roberto Lobo, Instituto Lobo e IEA USP
Debatedores:
Marcello Nitz, Pró-Reitor Acadêmico do Instituto Mauá de Tecnologia
Simon Schwartzman, Instituto de Estudos de Política Econômica (Casa das Garças) e membro da Academia Brasileira de Ciências.
José Roberto Cardoso, EP USP
Transmissão
Acompanhe o evento on-line em iea.usp.br/aovivo
Inscrições
Evento on-line, público e gratuito | Sem inscrição
Organização
IEA