Educação para o Futuro ou Poderemos Competir com os Algoritmos?
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a 19/05/2023 - 11:30
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Nestes tempos de Chat GPT, algoritmos e inteligência artificial substituindo postos de trabalho que demandam competências intelectuais, vai ser muito importante a educação – tanto a básica quanto a superior – se transformar. Nós temos, de acordo com Osborne e Frey, pesquisadores da Universidade de Oxford, dois bilhões de postos de trabalho que serão extintos até 2030. Evidentemente, outros postos serão criados, como nas outras revoluções industriais. Mas eles demandarão competências de nível muito mais sofisticado, tanto que a OCDE está inclusive transformando seus processos de avaliação educacional. Neste sentido, eu pude pesquisar o que países com bons sistemas educacionais vêm fazendo para preparar seus sistemas para essa nova realidade. Basicamente o que eles vêm tentando realizar é promover ou enfatizar resolução colaborativa de problemas com criatividade e enfatizar pensamento crítico e pensamento sistêmico, como usar a produção textual para processar o pensamento. Em suma, é fazer com que a escola ensine cada vez mais a pensar e em menos a despejar conteúdo na cabeça dos alunos, no que Paulo Freire já corretamente criticava chamando de educação bancária: em que eu deposito conhecimento ou conteúdos na cabeça dos alunos e eles me devolvem e eu saco em provas. É nesse contexto também que algumas outras transformações ocorrerão, vem ocorrendo e que deveriam inspirar o Brasil, como por exemplo, a gamificação no processo de educação aproveitando a tecnologia no que ela traz de melhor.
Porque a tecnologia para usar uma linguagem bíblica é ao mesmo tempo uma maldição na medida em que elimina postos de trabalho e uma benção na medida em que com plataformas adaptativas que permitam identificar as insuficiências de aprendizagem dos alunos com gamificação obrigue o aluno a pensar. Há muitos games que vem aparecendo nesse sentido como SimCity, entre outros, que a gente possa ter nessas soluções um instrumento de apoio ao professor para que ele possa ter uma atuação, que ao mesmo tempo, promova a autonomia e o protagonismo do aluno e o ensine a pensar e a ser evidentemente um pensador autônomo. Além disso, a escola, cada vez mais, terá que ensinar o aluno a “aprender a aprender” como preconizava Jacques Delors. Porque ele terá que se transformar ou até se reinventar várias vezes ao longo da sua vida, terá que se transformar profissionalmente ao longo da sua jornada laboral. Então ele irá sair da educação básica e mesmo se entrar no ensino superior, ele poderá voltar várias vezes num processo de aprendizado ao longo da vida.
Expositora:
Claudia Costin (CEO do Instituto Singularidades e IEA-USP)
Mediador:
Virgílio Almeida (Cátedra Oscar Sala-IEA/USP)
Inscrições
Evento público e gratuito | sem inscrição
Não haverá certificação
Organização
Evento com transmissão em: http://www.iea.usp.br/aovivo