Verão 2013/14 e Cenários de Estresse Hídrico
Detalhes do evento
Quando
a 19/03/2014 - 17:00
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Participantes
A Região Metropolitana de São Paulo vive um momento dramático em relação à disponibilidade de água. A estiagem é a mais intensa dos últimos 20 anos segundo os especialistas. O Sistema Cantareira está à beira de um colapso. Não se trata de uma novidade, pois desde 2004 este sistema é visto como insuficiente. O debate visa a discutir a situação atual e as perspectivas de futuro a partir dos aspectos que relacionam esta situação de estresse hídrico com as dimensões institucional, de governança da água e seus desdobramentos no plano socioambiental e da segurança alimentar.
O debate é organizado em parceria pelos Grupos de Pesquisa Filosofia, História e Sociologia da Ciência e da Tecnologia e Meio Ambiente e Sociedade do IEA, com o apoio do Centro de Estudos de Governança Socioambiental do IEE. O evento contará com a participação do Prof. Pedro Roberto Jacobi (coordenador do Grupo de Estudos de Meio Ambiente e Sociedade do IEA), do Prof. Wagner Costa Ribeiro (FFLCH, PROCAM/IEE e IEA), da Prof.ª Daniela Campos Libório di Sarno (PUC/SP), do pesquisador Marcio Automare (ITESP e IEA), do Prof. Maurício de Carvalho Ramos (FFLCH e IEA) e de Susana Prizendt (Coordenadora do Comitê Paulista da Campanha Contra os Agrotóxicos e Pela Vida).
Inscrições
Através do e-mail leila.costa@usp.br
Organização
Apoio
Programação
14h às 15h - Primeira mesa - “Água, o futuro ameaçado”
- Considerações iniciais e mediação
Pedro Jacobi (Procam e IEA)
- Do protoplasma ao homem: a água como elemento fundamental da vida
Maurício de Carvalho Ramos (FFLCH e IEA)
- Veneno ou antídoto? O uso da água na produção agroalimentar e a saúde humana
Susana Prizendt (Campanha CAPV)
A água, elemento que permeia todo o processo de produção rural, compondo a própria matéria dos alimentos que ingerimos, pode ser utilizada como um veneno ou como um antídoto, dependendo do modelo adotado pelos produtores. Há atualmente dois sistemas básicos de produção, o do Agronegócio, com base nos princípios da Revolução Verde, e o Agroecológico, que busca a integração aos ecossistemas e não utiliza produtos tóxicos. Nossas escolhas diárias como consumidores de alimentos podem favorecer um ou outro modelo e impactar positiva ou negativamente em nossa saúde e na saúde ambiental. Qual a água que você quer ingerir: a que é o veneno ou a que é o antídoto?
Água e produção de alimentos, segurança alimentar, retomada do êxodo rural. Refletir sobre as modernas tecnologias agrícolas e engenharia de alimentos, que podem não evitar nosso risco alimentar. Abordar os conflitos das águas e da gestão dos recursos naturais e do cenário de crise hídrica, destacando a estiagem que deve se prolongar até 2015, indicando talvez maiores dificuldades no futuro.
15h15 às 16h15 - Segunda mesa - "Estresse hídrico na região metropolitana de São Paulo"
- Considerações iniciais e mediação
Pedro Jacobi (Procam e IEA)
- Gestão normativa de águas no Brasil: dificuldades de implementação
Daniela Campos Libório Di Sarno (PUC/SP)
O Brasil é um país federativo, com repartição de competências entre municípios, estado e união. Entretanto, a gestão das águas não segue esse padrão pois sua gestão é organizada por meio de bacias hidrográficas. Assim, a distribuição de águas, elemento de sobrevivência insubstituível para o ser humano, sofre anacronismos com o desenvolvimento urbano, cuja competência é municipal. O planejamento urbano não se comunica com a gestão de águas. O sistema deve ser reinterpretado para que viabilize uma gestão integrada das águas e do planejamento urbano com fins de abastecimento do consumo humano.
- Governança da água na região metropolitana de São Paulo
Wagner Costa Ribeiro (FFLCH, Procam e IEA)
Reflexão acerca da governança da água na região metropolitana de São Paulo. Diante da atual situação de estresse hídrico, qual seria o papel da gestão pública e da sociedade civil nesse processo?
16h30 às 17h - Debate e encerramento
Evento com transmissão em: http://www.iea.usp.br/aovivo