Ciclo Humanos e Animais: Os Limites da Humanidade - Mesa-redonda
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a 06/06/2013 - 12:30
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Exposição Gustavo Caponi – “Tipologia e filogenia do humano”
Resumo: Se pensarmos filogeneticamente, o termo “animal” designa um grupo monofilético, isto é, uma entidade histórica individual da qual ficaria excluída qualquer espécie que não derive da espécie fundadora desse grupo. Mas também poderíamos considerar que “animal” simplesmente designa todo organismo heterotrófico, diploide e multicelular, sem examinarmos a questão filogenética de se essas características são verdadeiras autopomorfias de um grupo monofilético ou simples homoplasias compartilhadas por um grupo parafilético. Nesse caso, para determinar se um ser vivo é ou não um animal, nada precisaríamos saber de sua filogenia, bastaria saber se ele tem ou não essas características. Em tal caso, pensaríamos tipológica e não filogeneticamente. Os erros e as confusões começam quando misturamos o modo tipológico e o modo filogenético de pensar. Isso é o que parece acontecer sempre que se coloca a oposição entre o animal e o humano. O tópico costuma ser encarado como se fosse um problema de biologia evolucionária, mas, interpretado desse modo, a discussão acaba atolada em uma questão tipológica da qual a perspectiva evolucionista não permite sair. Não porque a questão seja muito profunda para ela, mas simplesmente porque, do ponto de vista evolucionista, a polaridade entre o animal e o humano não tem maior sentido. Mas isso não tem a ver só com o fato de todas as sub-linhagens do gênero Homo serem, ou terem sido, espécies zoológicas, e não botânicas, mas também com o fato de que, filogeneticamente falando, não existem os conceitos de animalidade e de humanidade.
Exposição Maurício de Carvalho Ramos: “A relação entre animais e humanos concebida como um contínuo biocultural e ético-epistêmico”
Resumo: Apresentarei para discussão a conjectura de que uma perceptiva continuista que conceba a indissociabilidade de juízo éticos e epistêmicos e das dimensões biológicas e culturais como uma via adequada para entender as diferenças e as semelhanças entre animais e humanos. Tal adequação é gerada principalmente pela capacidade que a proposta tem de contornar tanto os reducionismos fisicalistas (biológicos, darwinistas, neurocognitivistas etc.) quanto os “culturalistas” (sociológicos, antropológicos etc.) quanto as posições dualistas que propõem rupturas radicais entre humanidade e animalidade e entre cultura e biologia. A perspectiva teórica da conjectura será a de uma epistemologia histórica capaz de realizar esses dois contornos sem rejeitar as diferentes que existem, e devem existir, entre humanos e animais.
Exposição Hernán Neira: “Sensibilidad y soberanía: Descartes y Condillac ante los animales”
Resumo: En la modernidad, especialmente francesa, la comparación entre animales y humanos juega un papel central para comprender lo humano, como lo demuestran los trabajos de Descartes y de Condillac. El examen de esas obras permite ver cómo en la modernidad se constituyen dos interrogantes sobre lo animal. La primera: ¿cómo podríamos fundar o, al contrario, deslegitimar una semejanza entre animales y humanos?; y, la segunda: ¿cómo podemos hablar filosóficamente de los animales si parte de la esencia de ellos pareciera consistir en ser impenetrables para el conocimiento humano? La reflexión sobre la postura que estos filósofos tienen sobre lo animal nos permite clarificar algunos de los desafíos que la zoofilosofía actual debe resolver.
Transmissão ao vivo
Haverá transmissão ao vivo através do site: www.iea.usp.br/iea/aovivo
Inscrições
Vagas limitadas. Inscrições através do e-mail: leila.costa@usp.br