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Os Indígenas de Papel (Arquivos Europeus e Latino-Americanos)

por Cláudia Regina - publicado 22/11/2022 17:40 - última modificação 24/11/2023 10:38

Detalhes do evento

Quando

de 15/09/2023 - 14:00
a 15/09/2023 - 17:00

Onde

ON-LINE

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11 3091-1686

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Dando continuidade à discussão sobre as fontes produzidas nos séculos XVI, XVII e XVIII que se encontram nos arquivos europeus e latino-americanos, esta live propõe o aprofundamento da reflexão acerca do conceito “indígenas de papel”. Os autores desta documentação foram, sobretudo, missionários, vinculados a diversas ordens religiosas, e funcionários das coroas ibéricas, que enfocaram, principalmente, aspectos da organização política, social e econômica, bem como linguísticos e simbólicos/religiosos dos grupos nativos americanos. A despeito das dificuldades e/ou desafios metodológicos que os pesquisadores encontram ao analisar documentos manuscritos redigidos em latim ou que requerem conhecimentos paleográficos e linguísticos específicos e, ainda, das representações dos grupos nativos que divulgam, estas fontes revelam, ora explicitamente, ora implicitamente, diversas situações de agência e protagonismo indígena que necessitam ser destacadas e discutidas. É sobre estes indígenas ativos e conscientes de seus papeis históricos que o palestrante Guillaume Candela – irá se deter, ao analisar as fontes disponíveis em arquivos europeus e latino-americanos e ao desconstruir o conceito de “indígenas de papel”.

Inscrições

Evento público e gratuito | sem inscrição prévia

Não haverá certificação

Programação

14hs

Abertura: Márcio L. Fernandes (PUCPR)

14h10

Guillaume Candela (Universidade de Leeds, Inglaterra)

Decolonizar na  Historia de "Indígenas de Papel" y Protagonizar Agentes Indígenas en la Frontera de la América Hispanica y Portuguesa (Siglos XVI-XVII)

Pensar el protagonismo o la agencia de los pueblos indígenas en la América ibérica colonial es indispensable y necesaria para emprender una empresa de descolonización de los llamados “indígenas de papel”. Para ello, quisiera volver a los archivos, a la documentación colonial para reconstruir una agencia índigena focalizandome en las y los protagonistas indígenas que sobresalen a traves de un estudio profundo de los nombres de protagonistas, de los espacios ocupados y de los conceptos en lenguas vernáculas. Esta tarea qué me propongo hacer se acompaña de una reflexión metodológica sobre la práctica del historiador comprometido con la historia de los pueblos indígenas.

Para nuestro estudio sobre este espacio de las fronteras ibéricas en la Cuenca del Plata, este intéres en reconstruir una historia de los pueblos originarios nos aparece cómo lógico y esencial para entender las sociedades ibéricas coloniales entre São Vicente y Asunción del Paraguay pero también en los espacios como el Guaira, Mbaracayu, los ríos Iguazu, Parana, Paraguay y otros espacios como Cananea, São Francisco, y la isla de Santa Catarina… Todos estos espacios en la documentación colonial se conectan con realidades del pasado y del presente de los pueblos indígenas especificamente de los pueblos tupí-guaraní.

A partir de un estudio meticuloso de la documentación colonial propongo en esta charla reconectar el protagonismo de los pueblos indígenas (mburuvicha, pajé, yanacona, mitayo…) con las diferentes metas y los diferentes proyectos de los agentes europeos (conquistadores, gobernadores, bandeirantes, encomenderos y jesuitas…). El propósito concreto de esta ponencia es mostrar el resultado de esta nueva lectura de la documentación colonial a través de un filtro decolonial con el fin de resituar el espacio de poder de los actores indígenas (mujeres como hombres) deconstruyendo esta narrativa producida por escribanos y por jesuítas.

De esta manera, quisiera enfatizar que la transcripción de documentos de los siglos XVI y XVII se convierte en una arma muy poderosa para desvelar nombres de indígenas relacionados con sus espacios, para entender las luchas y resistencias de muchas comunidades indígenas que pretendían y siguen apostando a diferentes formas de pensar el mundo proponiendo otro modelo de sociedad.

Esta ocasión será muy oportuna para reflexionar sobre el tema de los “indígenas de papel” y como historiador de la América colonial quisiera pensar el protagonismo indígena no solo como una forma de resistencia a la colonización sino también cómo una propuesta intelectual de las mujeres y hombres originarios que vivían en esta zona de frontera y qué querían de algún modo trastocar de manera radical este pacto colonial.

Finalmente, esta ponencia se detendrá en poner de realce los diferentes impactos de los proyectos de evangelización en los pueblos originarios antes y durante la instalación de las misiones jesuíticas con el fin de reflexionar sobre estrategias de los chamanes y otros agentes indígenas en reformular nuevas formas de ser cristianos y practicar una espiritualidad más inclusiva con otro tipo de ortodoxia de manera que nunca perdieron el contacto con las tradiciones milenarias. La expresión de una oralidad sin falla, de una memoria inalterable y de sus propias historias primigenias hacen hincapié en el respeto absoluto del medio ambiente de todos sus habitantes, los seres vivos pertenecientes a la flora como a la fauna. Esta reflexión sobre la necesidad de repensar este concepto de “indígena de papel” nos permitirá avanzar nuevas hipótesis de trabajo para una historia de los pueblos indígenas más intercultural, más inclusiva y también más pública que definitivamente propone integrar un dialogo con intelectuales, profesores indígenas sin límites conceptuales ni temporales para juntos repensar la nueva historia de los pueblos indígenas.

Carlos Paz (FCH-UNCPBA)

Pensar a História Indígena além dos Indígenas de Papel

Pensar a História Indígena requer, em primeiro lugar, voltar aos arquivos e à documentação que eles resguardam, considerando a possibilidade de identificar aqueles tópicos que se apresentam como uma recorrência notável, para assim, então, poder reconstruir os pontos de confronto entre a sociedade colonial e as sociedades indígenas.

Neste corpus documental podemos encontrar os vestígios de um protagonismo indígena que permite questionar o alcance das instituições coloniais que tinham como objetivo controlar as populações indígenas. Os indígenas de papel, por tanto, são filhos indiretos de uma operação colonial que tinha como objetivo reduzir a diversidade ameríndia dentro dos cânones da epistemologia europeia. Tirando, ou tentando apagar, todas as conexões que sabemos que existem entre a Natureza e os fatos considerados como políticos que permitem dar conta da agência e do protagonismo indígena.

Em segundo lugar é importante recompor os vínculos políticos entre a “política indígena” e a Natureza, voltar sobre aquelas ações que desafiavam o controle que se tentava impor sobre os indígenas, partindo da cosmopolítica ameríndia para, então, poder avaliar as resistências ameríndias de um modo mais abrangente.

O objetivo desta apresentação é pensar a História Indígena desde um olhar crítico da documentação preservada em diversos arquivos laicos de América do Sul e, claro, confrontando esta documentação com a elaborada pela Companhia de Jesus, durante o século XVII-XVIII, para, a partir do caso do específico da região do Chaco, pensar a História Indígena além dos indígenas de papel.

Pensar a História Indígena requer, em primeiro lugar, voltar aos arquivos e à documentação que eles resguardam, considerando a possibilidade de identificar aqueles tópicos que se apresentam como uma recorrência notável, para assim, então, poder reconstruir os pontos de confronto entre a sociedade colonial e as sociedades indígenas. Neste corpus documental podemos encontrar os vestígios de um protagonismo indígena que permite questionar o alcance das instituições coloniais que tinham como objetivo controlar as populações indígenas. Os indígenas de papel, por tanto, são filhos indiretos de uma operação colonial que tinha como objetivo reduzir a diversidade ameríndia dentro dos cânones da epistemologia europeia. Tirando, ou tentando apagar, todas as conexões que sabemos que existem entre a Natureza e os fatos considerados como políticos que permitem dar conta da agência e do protagonismo indígena. Em segundo lugar é importante recompor os vínculos políticos entre a “política indígena” e a Natureza, voltar sobre aquelas ações que desafiavam o controle que se tentava impor sobre os indígenas, partindo da cosmopolítica ameríndia para, então, poder avaliar as resistências ameríndias de um modo mais abrangente. O objetivo desta apresentação é pensar a História Indígena desde um olhar crítico da documentação preservada em diversos arquivos laicos de América do Sul e, claro, confrontando esta documentação com a elaborada pela Companhia de Jesus, durante o século XVII-XVIII, para, a partir do caso do específico da região do Chaco, pensar a História Indígena além dos indígenas de papel.

 

 

Debatedores:

Carlos Zeron (USP)


 

Mediação:

Márcio L. Fernandes (PUCPR)

Evento com transmissão em: http://www.iea.usp.br/aovivo