Macrometrópoles de Alta Densidade: São Paulo e Xangai
Detalhes do evento
Quando
a 12/09/2017 - 16:30
Onde
Nome do Contato
Telefone do Contato
François Moriconi-Ébrard mostra que, no momento em que a China se torna uma das primeiras potências econômicas mundiais, não é muito surpreendente de descobrir que a população de suas duas maiores aglomerações pulverizou o recorte mundial precedente detida em 2000 por Tokyo. As dimensões das conurbações de Xangai (79,7 milhões de habitantes) e de Guangzhou (47,5 milhões de habitantes) estão à altura das daquele país, de sua demografia, das escolhas de desenvolvimentos recentes se apoiando em cidades, e de seu prodigioso e constante crescimento econômico desde algumas décadas.
Cathy Chatel analisa o caso do Brasil, que possui duas das megacidades do planeta de acordo com a definição de Nações Unidas: São Paulo e Rio de Janeiro. Uma enorme pressão demográfica e fundiária pesa sobre estas duas cidades. Em São Paulo, 28 milhões de habitantes vivem, trabalham e viajam diariamente neste espaço de 17.580 km2, uma densidade residencial de 1.593 habitantes por km2, digna do delta do Nilo. Rio Janeiro reúne 13 milhões de pessoas em 8.816 km2, uma densidade de 1.483 habitantes por km2, dimensões comparáveis a Moscou, Istambul ou Buenos Aires.
No entanto, o ritmo de crescimento dessas cidades tem caído no último meio século, ficando agora bem abaixo do crescimento nacional. A metodologia do trabalho foi reconstruir a partir "de baixo" (bottom-up) toda a hierarquia urbana do país a partir de uma definição estritamente morfológica das áreas urbanas. Esta abordagem permite verificar que há de fato um atrator do tamanho da população que está atualmente cerca de 500.000 habitantes. Ele também destaca o papel das funções políticas administrativas e territoriais, especialmente das capitais de Estado.
O objetivo de Roberta Fontan é desvendar os espaços rurais inter-metropolitanos no território da Macrometrópole Paulista (MMP), identificando-os através da análise de seus aspectos sociodemográficos e físico-territoriais e das suas transformações. Como método de trabalho apoia-se na construção de uma cartografia temática que revela as características intrínsecas às categorias mencionadas, definem-se critérios de ruralidade. A pesquisa foi conduzida pela hipótese de que a classificação do território brasileiro em “rural” e “urbano” adotada pelo IBGE e fixada pelos municípios, em geral baseada em critérios arbitrários envolvendo interesses locais, não esclarece sobre as reais dimensões do “rural” e do “urbano”.
Inscrições
Evento público e gratuito | Com inscrição prévia
Público on-line não há necessidade de inscrição.
Organização
Programação
14h30 - O Crescimento Urbano no Brasil: Concentração em Cidades ou Sistema Urbano Equilibrado? - Cathy Chatel (UNESP) |
15h - O Rural na Urbanização Paulista em Contexto Macrometropolitano - Roberta Fontan Pereira Galvão (Lume/FAU-USP) |
15h30 - Xangai e Guangzhou, os Dois Centros Urbanos mais Populosos do Mundo - François Moriconi-Ebrard (CNRS e UNESP) |
16h- Santa Cruz del Islote, Ilha mais Densamente Povoada do Mundo - Hervé Théry (CNRS e IEA) |
16h30 - Debates |
Evento com transmissão em: http://www.iea.usp.br/aovivo