A Proteção das Instituições Republicanas: Os Atos de 8 de Janeiro (Seminário II)

Tecnologia, Informação e Expressão na Percepção das Instituições Republicanas: fontes e raízes dos atos de 8 de janeiro em Brasília

O segundo encontro tratará de aspectos ligados ao modo operacional de tais manifestações contemporâneas, cujo potencial de escalada se percebe cada vez mais aguçado, no Brasil e alhures.  A construção de fatos e versões e a utilização de artefatos e meios tecnológicos – as redes sociais – como catalisadores e gatilhos de um tipo de manifestação gerada em ambiente democrático, mas com elevado potencial desestabilizador.  A liberdade de expressão e seus limites; o resguardo do direito de reunião; a polarização extremada; a reverberação e a ressonância da segmentação engendrada por aplicativos de comunicação; o esgarçamento do diálogo e da escuta, de pautas comuns, como elementos de distensão e de aproximação entre estratos populacionais distanciados: o tensionamento derivado de resultados eleitorais renhidos e a canalização da insatisfação de minorias significativas, tal como ocorrido nos pleitos presidenciais recentes de EUA, Chile, Colômbia e Brasil, de modo a se evitar a detonação de condutas radicais e destrutivas do próprio arcabouço democrático e republicano.

O Prof. José Álvaro Moisés, do DCP/FFLCH e do IEA, abordará aspectos ligados às características intrínsecas dos regimes democráticos e dos Poderes da República, e de que maneira a construção de percepções equivocadas podem induzir a respostas extremadas de certos segmentos da sociedade.  O Professor Pablo Ortellado, da EACH, examinará o elemento tecnológico, na dupla condição de instrumento tático, coordenador de ações destemperadas, e de fomentador estratégico, ao emprenhar falseamentos da realidade.

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