Combater a Pobreza e as Sequelas da Pandemia

A pandemia vem produzindo um impacto profundo na população, sobretudo entre os mais pobres. Queda na renda e perda da ocupação deixaram as famílias pobres ainda mais vulneráveis. O temor da doença, o isolamento das pessoas, com seus impactos nas relações familiares e sociais, as incertezas quanto ao futuro imediato, têm deixado marcas sobre a sanidade mental dos brasileiros, sobretudo os já vulneráveis. Cabe ao governo tomar, de imediato, a inciativa de assistir e promover econômica e socialmente essa população, mas não pode prescindir do envolvimento dos próprios assistidos na avaliação e execução desses projetos, nem dos recursos técnicos e financeiros da sociedade civil. O programa emergencial de alívio e transferência de renda precisa ser complementado por ações de maior fôlego, com o objetivo de recompor o tecido social deteriorado das cidades brasileiras. De imediato é indispensável dar suporte às famílias, em sua tarefa de recompor a escolaridade normal de seus filhos, sobretudo de crianças que nem sequer conhecem o ambiente escolar. Os candidatos à Presidência deveriam incluir estas ações nos seus programas e dar a ela prioridade no processo de transição de governo.

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