Sonhar e Criar na Função da Poética Visual Ancestral
Detalhes do evento
Quando
a 23/08/2024 - 13:00
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A terra como um corpo e os rios como veias abertas alimentam e dão vida a esse corpo, acompanhados com seus Yja (espíritos guardiões da floresta). Essa reflexão é uma entre tantas narrativas de como a cosmologia Guarani pode nos fazer pensar e repensar sobre o tempo, o espaço e a memória nos dias de hoje. Nessa perspectiva ativar processos curatoriais e artísticos, partem de narrativas indígenas e caboclas cosmológicas poético-educativas que contam histórias e também, do conflito a partir da invasão colonial, da violência, racismo, exclusão e silenciamentos dos indígenas. Dessa forma, o imaginário se expande como manifestação e na possibilidade de sonhar e criar. A Poética do Imaginário, alimenta os nossos devaneios e sonhos que se estendem para nossas experiências enquanto seres no mundo que seguem trabalhando a imaginação criativa.
Inscrições
Evento público e gratuito | sem inscrição prévia
Não haverá certificação
Organização
Programação
9h |
Abertura. Renata Martins (IEA/USP e FAU/USP, JP2 FAPESP Barroco-Açu); Luciano Migliaccio (IEA/USP e FAUUSP, JP2 FAPESP Barroco-Açu); Marina Massimi (IEA/USP) |
9h30 às 10h |
Olhar Poético e Resistência Guarani – Sandra Benites, Ara Rete (Cátedra Olavo Setúbal-IEA/USP) Processo curatorial a partir de inquietações a partir do olhar poético na perspectiva indígena a partir de duas vertentes: Narrativa Indígena cosmológica poético-educativo que conta histórias e também, do conflito a partir da invasão colonial, da violência, machismo, racismo, exclusão e silenciamentos dos indígenas. Dessa forma, os processos curatoriais perpassam em aliar indígenas resistentes que discutem os dois lados da moeda: Resistência e poética. |
10h10 às 10h40 |
Bioma Pampa: Tempo, Espaço e Memória - Xadalu Tupã Jekupé (artista) A relação da criação do primeiro mundo Yvy Tenondé e o segundo mundo Yva Vai (terra perecível), com comportamento em parte do território Yvyrupa (Território sem fronteira) localizado no pampa gaúcho. A terra como um corpo e os rios como veias abertas que alimentam e dão vida a esse corpo, acompanhados com seus Yja (espíritos guardiões da floresta). Uma reflexão de como a cosmologia guarani pode nos fazer pensar e repensar sobre o tempo, o espaço e a memória nos dias de hoje. Os processos de apagamento que impactaram fortemente a cultura indígena, modificando diversas camadas culturais que ali já existiam. |
10h50 às 11h20 |
O Imaginário Amazônico na Arte e nos Processos Curatoriais - Vânia Leal Machado (CCBA) A partir da Poética do Imaginário de Paes Loureiro, ao analisar a cultura amazônica, privilegiando a função poética dessa cultura, assim como: refletir sobre sua crise diante dos impactos da forma de desenvolvimento aplicado à região, gerador de violência e concentração de grande capital", O imaginário não deve ser percebido como mera abstração, ele está presente em cada ser humano. Nos processos curatoriais da Primeira Bienal das Amazônias realizada em Belém-Pará no ano de 2023 - 2024, este imaginário se expande como manifestação e na possibilidade de sonhar e criar. Vivenciar a Amazônia, aprendemos que a poética presente no imaginário amazônico, alimenta os nossos devaneios, sonhos e imaginações e se estendem para nossas experiências enquanto seres no mundo revelando a astúcia do sujeito que segue trabalhando sua imaginação criativa. |
11h30 às 12h30 |
Debatedoras: Cristiana Barreto (MPEG) e Marília Xavier Cury (MAE/USP) |
Moderadoras: Angélica Brito (FAU e IEA/USP, JP2 FAPESP Barroco-Açu) e Anna Heloísa Segatta (FFLCH/USP, JP2 FAPESP Barroco-Açu, e Abya-Yala FAU/USP) |
Evento com transmissão em: http://www.iea.usp.br/aovivo