André Strauss
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André Menezes Strauss é Arqueólogo professor do Museu de Arqueologia e Etnologia e coordenador do primeiro Max Planck Partner Group da USP (LAAAE - sites.usp.br/laaae). É Presidente da Comissão de Pesquisa e Inovação e professor credenciado do Programa de Pós-Graduação em Arqueologia do MAE-USP. Graduado em Ciências Sociais pela PUC (2006) focou nas tensões epistemológicas entre ciências humanas e biológicas. É geólogo pelo IGc-USP (2008) com ênfase em geoarqueologia e em estudos de processos de formação. É mestre pelo Dpt de Genética e Biologia Evolutiva do IB-USP (2010). Em sua dissertação apresentou uma revisão teórica sobre hipóteses geradas pela Arqueologia da Morte e caracterizou as práticas funerárias de Lagoa Santa. No mesmo período, estudou a relação entre marcadores genéticos e morfológicos como ferramentas de inferência de história populacional. Doutorou-se (2016) em Ciências Arqueológicas na Eberhard Karls Universität Tübingen, com foco na análise do registro arqueológico da Lapa do Santo e nas relações de ancestralidade do Brasil pré-colonial. Entre 2010 e 2016 foi doutorando (ABD) em evolução humana do Instituto Max Planck de Antropologia Evolutiva, em Leipzig, com estágio no Konrad Lorenz Institute for Evolution and Cognition, na Áustria (2015). Especializou-se na emergência do gênero Homo e em métodos quantitativos, tendo desenvolvido algoritmos de deslizamento de landmarks para morfometria geométrica de alta resolução. Pós-doutorado (2017) no Centro de Estudos Avançados 'Tracking linguistic, cultural, biological trajectories of the human past' do Deutsche Forschungsgemeinschaft (DFG), na Alemanha, com análise de micro-desgaste dentário por microscopia confocal. Em Tübingen, foi professor visitante do Excelence Initiative do Institut für Naturwissenschaflitche Archäologie (2015-2017). Em 2019 recebeu o prêmio "Novas Lideranças em Pesquisa USP". Publicou 12 capítulos de livro e 38 artigos em periódicos como Cell, Science, Science Advances, PlosOne, American Journal of Physical Anhropology, Antiquity, Journal of Archaeological Science e Geoarchaeology. Participou da curadoria de coleções arqueológicas e paleontológicas, tendo sido responsável pelas coleções 'Kiju Sakai' e 'Loca do Suin'. Participou de escavações arqueológicas no Brasil (e.g. Lagoa Santa e Buritizeiros) e no exterior (e.g. Jordânia e Quênia). Desde 2011 coordena o projeto 'Morte e Vida na Lapa do Santo: uma biografia arqueológica dos povos de Luzia' (sites.usp.br/lapadosanto/), sendo responsável pela escavação do sítio. Desenvolveu um software de gerenciamento de escavação e implementou técnicas avançadas de documentação arqueológica. Coordena convênios internacionais de pesquisa com a Universidade de Nanterre, Universidade de Toulouse, Instituto Weizmann (Israel) e Instituto Max Planck. Foi bioarqueólogo da missão franco-brasileira na Serra da Capivara e do projeto 'Ecologia histórica no vale de Lambayeque, Peru'. Como especialista em arqueologia virtual trabalha com a emergência do comportamento simbólico e estudou os blocos de ocre de Blombos, na África do Sul, e as conchas perfuradas do Paleolítico Superior de Ksâr 'Akil, no Líbano. É coordenador do projeto JP-FAPESP 'Histórias indígenas de longa duração', pioneiro na extração de DNA antigo no Brasil. Foi consultor forense da Secretária de Direitos Humanos da Presidência da República junto ao Grupo de Trabalho Perus (2015-2016). Organizou iniciativas de divulgação científica, incluindo palestras e organização de eventos junto à comunidades locais, recebendo em 2018 a Medalha Peter Lund pela Prefeitura de Lagoa Santa. Participou da organização e idealização das exposições 'Do Macaco ao Homem' e 'Kiju Sakai' e é curador da exposição 'Vida e morte na Lapa do Santo'. Orienta/ou 3 pós-docs, 4 doutorados, 6 mestrados e 22 ICs. |
Evento:
- I Seminário Internacional Afluências nas Artes desde Dacar, 16 a 19 de setembro de 2024