Diversidade disciplinar e de atividades marca primeiro encontro de imersão da Intercontinental Academia
A programação do primeiro encontro de imersão da Intercontinental Academia (ICA), realização do IEA e do Instituto de Pesquisa Avançada da Universidade de Nagoya, Japão, sob os auspícios da rede internacional University-Based Institutes for Advanced Study, demonstra o quanto o projeto é abrangente e inovador. As atividades previstas incluem conferências, workshops, roteiros científico-culturais, dinâmicas de grupo e debates sobre o futuro da universidade.
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De 17 a 29 de abril, na USP, mais de 20 cientistas brasileiros e de vários outros países, de áreas como antropologia, filosofia, neurobiologia, cronobiologia, física, biologia, entre outras, subsidiarão as discussões sobre o "tempo" que 13 jovens pesquisadores selecionados de sete países (Alemanha, Inglaterra, Finlândia, Japão, China, Estados Unidos e Brasil) desenvolverão.
Durante esse encontro em São Paulo e no segundo, que será realizado em março de 2016, em Nagoya, esse jovens pesquisadores irão preparar o conteúdo de um Massive Open Online Course (MOOC), curso virtual, gratuito e de nível superior. Na etapa em São Paulo, serão desenvolvidos o conceito, a estrutura e o programa do curso, enquanto que os roteiros detalhados de cada tema serão elaborados em Nagoya. No período entre os eventos de imersão do Brasil e do Japão, os participantes permanecerão em contato por meio da internet.
O encontro em São Paulo será aberto no dia 17 pelo ministro da Educação, Renato Janine Ribeiro, que é membro do comitê científico do IEA para a ICA, pelo pró-reitor de Pesquisa, José Eduardo Krieger, pelo presidente do CNPq, Hernan Chaimovich, e pelo diretor do IEA, Martin Grossmann.
No dia 18, os participantes acompanharão um roteiro científico-cultural por São Paulo para conhecer marcos da influência do modernismo na arquitetura da USP e da cidade. A atividade, coordenada pelo diretor do IEA, Martin Grossmann, destacará os aspectos econômicos, sociais e culturais envolvidos nessa influência.
A manhã do dia seguinte será dedicada à visita de pontos da periferia de São Paulo, na qual os pesquisadores receberão informações sobre aspectos sociais da cidade de quatros pesquisadores: a fisiologista Ana Lydia Sawaya, da Unifesp e coordenadora do Grupo de Pesquisa Nutrição e Pobreza do IEA; a psicóloga Sylvia Dantas, da Unifesp e coordenadora do Grupo de Pesquisa Diálogos Interculturais do IEA; o especialista em saúde pública Fernando Mussa Abujamra Aith, da Faculdade de Medicina da USP e da Cátedra Unesco de Educação pra a Paz, Direitos Humanos, Democracia e Tolerância, sediada no IEA; e a urbanista especialista em saúde pública Suzana Pasternak, da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (FAU) da USP.
O primeiro conferencista será o físico José Goldemberg, ex-ministro da Educação e ex-reitor da USP, que fará a aula magna da programação, no dia 20. No mesmo dia, haverá apresentações do físico teórico Matthew Kleban, da University of New York, Estados Unidos; do sociólogo Laymert Garcia dos Santos, da Unicamp; do químico René Nome, da Unicamp; e do físico de partículas Eliezer Rabinovici, da Universidade Hebraica de Jerusalém, Israel.
O dia 21 terá conferências do filósofo Sami Pihlström, diretor do Collegium Helsinque de Estudos Avançados, Finlândia; da fisiologista Carolina Escobar, Universidad Nacional Autónoma de México (Unam); do neurobiólogo Ruud Buijs, também da Unam; do astrofísico Hideyo Kunieda, vice-reitor de Pesquisa da Universidade de Nagoya; e do cronobiólogo Till Roenneberg, vice-diretor do Institute of Medical Psychology da Ludwig-Maximilians University em Munique, Alemanha.
A bióloga Vera Lúcia Imperatriz-Fonseca, do Instituto de Biociências (IB) da USP e do IEA, o ecólogo Tiago Quental, também do IB-USP, e o astrofísico Luiz Gylvan Meira Filho, ex-professor visitante do IEA, farão uma apresentação conjunta no início dos trabalhos no dia 22. Ainda nessa data, haverá apresentações do antropólogo Karl-Heinz Kohl, diretor do Instituto Frobenius, Alemanhã, e do biólogo Takao Kondo, da Universidade de Nagoya.
No dia 24, um debate sobre o futuro da universidade, acontecerá em dois tempos: pela manhã, em um wokshop liderado pelo ministro Renato Janine Ribeiro (evento fechado para convidados); e à tarde, em um seminário que reunirá Marco Antonio Zago, reitor da USP; Carlos Vogt, presidente da Univesp; Klaus Capelle, reitor da UFABC; Naomar de Almeida Filho, ex-reitor da UFBA; e Luiz Bevilacqua, ex-reitor da UFABC. Esses debates serão condensados em relato a ser produzido pelo físico Marcelo Knobel, da Unicamp. A sessão poderá ser acompanhada ao vido pela web.
O dia 25 terá apresentação do psicanalista Leopold Nosek, pela manhã, e de um representante do Coursera, à tarde.
Nos dias 26 e 27, haverá conferências da fisiologista Regina Pekelmann Markus, professora do Instituto de Biociências (IB) da USP e conselheira do IEA, e do antropólogo Massimo Canevacci, professor de antropologia cultural e de arte e culturas digitais da Università degli Studi di Roma La Sapienza, Itália, e professor visitante do IEA.