Projeto analisa situação de artistas brasileiros em Nova York nas décadas de 60 e 70
Dária Gorete Jaremtchuk |
Nas décadas de 60 e 70, vários artistas plásticos brasileiros foram convidados por instituições dos Estados Unidos a passar temporada em Nova York. No entanto, eles não tiveram o apoio necessário para trabalhar, expor e se relacionar com a comunidade artística da cidade.
Esse capítulo problemático da história do intercâmbio cultural entre Brasil e os EUA é o tema de pesquisa da professora Dária Gorete Jaremtchuk, da Escola de Artes, Ciências e Humanidades (EACH) da USP, que deu prosseguimento ao trabalho durante o período em que participou da primeira edição do Projeto Ano Sabático no IEA.
Dária considera que o período no IEA foi muito produtivo, pois conseguiu organizar o material da pesquisa, avançar no desenvolvimento de sua análise e escrever grande parte do livro sobre o trabalho, a ser publicado em 2018. Ela destaca também as apresentações que cada pesquisador em ano sabático fez de seu projeto ao demais participantes do programa: "No meu caso em particular, recebi comentários e sugestões dos colegas que me foram bastante úteis".
Durante o período sabático, ela teve o artigo "'Exílio artístico’ e Fracasso Profissional: Artistas Brasileiros em Nova Iorque nas Décadas de 1960 e 1970" publicado na revista "Ars" (nº 28, 2016). A pesquisa também será fonte para artigo a ser submetido à revista "Estudos Avançados", do IEA, e outros trabalhos a serem apresentados a revistas acadêmicas especializadas.
Temas relacionados com a pesquisa foram objeto de três comunicações apresentadas por ela em encontros especializados: "Poéticas do Exílio Artístico", no 36º Colóquio do Comitê Brasileiro de História da Arte, que ocorreu em Campinas, SP, em outubro; "'Exílio Artístico' e Fracasso Profissional", no Brasa 13 (encontro da Brazilian Studies Association), realizado na Universidade Brown, em Providence, EUA, em março de 2016; e "A Instrumentalização das Artes: O Brazilian-American Cultural Institute em Washington D.C.”, no Congresso 2016 da Latin American Studies Association (Lasa), ocorrido em maio, em Nova York, EUA.
Foto: Leonor Calazans/IEA-USP