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Ciclo discutirá os efeitos das transformações atmosféricas nos últimos 720 milhões de anos

por Mauro Bellesa - publicado 12/07/2024 12:30 - última modificação 12/07/2024 13:21

Atmosfera terrestre

O especialista em paleoatmosferas Alan Cannell, pesquisador do IEA e membro do Instituto Italiano de Paleontologia Humana, será o expositor no ciclo de palestras “Efeitos das Mudanças na Paleoatmosfera sobre a Biosfera nos últimos 720 Milhões de anos com Ênfase no Final do Plioceno e o Impacto sobre a Evolução Humana”.

Serão seis palestras nos meses de agosto, setembro e novembro [veja a programação abaixo]. O ciclo é gratuito e aberto a todos os interessados, sem necessidade de inscrição. As palestras serão realizadas na Sala Alfredo Bosi do IEA (Rua da Praça do Relógico, 109, São Paulo), com transmissão ao vivo pela internet.

Segundo o paleoantropólogo Walter Neves, coordenador do Núcleo de Pesquisa e Divulgação em Evolução Humana (NPDEH), do qual Cannell faz parte, a realização do ciclo tem por objetivo criar no núcleo um grupo de pesquisa sobre mudanças atmosféricas e evolução, notadamente a evolução humana.

Perfil

Cannell tem formação básica em engenharia pelo University College London, com mestrado pela Universidade de Leeds, Reino Unido. Com ampla experiência no gerenciamento de projetos, atua como consultor do Bando Interamericano de Desenvolvimento (BID) e do Banco Mundial (Bird), Ele passou a colaborar com o NPDEH este ano.

Além de paleoatmosferas (composição e densidade) e os mecanismos de ganho e perda de massa atmosférica, seus outros interesses de pesquisa são: os efeitos das mudanças atmosféricas sobre a biosfera, em particular a relação sobre episódios de resfriamento, as mudanças atmosféricas e de clima no fim do Plioceno e seus impactos sobre a evolução humana e perdas globais (turn-overs) de megafauna nas savanas; os fatores que levaram ao uso primordial de pedras como armas de arremesso e percutores por monos, macacos e hominínios; a imposição de certos formatos matemáticos sobre as ferramentas acheulenses bifaciais (por que e para quê?); e a mudança dos hábitos noturnos dos hominínios no final do Plioceno.

Programação

7 de agosto, 10h – Mecanismos de Ganho e Perda de Massa Atmosférica; “Proxies” para Estimar a Composição e Densidade do Ar ao Longo do Tempo; Modelagem e Derivação dos Períodos de Baixa Pressão (PATM ~0.6 Bar) e Alta Pressão (~2 BarR) ao Nível do Mar.

8 de agosto, 10h – Efeitos das Mudanças Atmosféricas: Clima e Erosão, PH dos Oceanos e redox, pCO2 e Fracionamento, d15N, Resfriamento; Radiação UVB e Extinções. O Último Grande Episódio no Fim do Plioceno. “Proxies” dos Altiplanos e da Perda de Todas as Espécies de Pássaros Gigantes (e Megatubarões). Impacto sobre os Hominínios Africanos.

23 de setembro, 10h – Radiação Cósmica em Períodos de Baixa Proteção Magnética e Resfriamento; Radiação UVB e um Mecanismo de Perda de Megafauna no Final do Plioceno e Durante Excursões Magnéticas (Laschamp e Gotenburgo).

24 de setembro, 10h – A Perda (na África) de Fontes dos Ácidos Graxos Essenciais para a Formação de Massa Encefálica e a Necessidade de Procurar Novas Fontes ou Outros Modos de Alimentação: “Drivers” de Rumos Distintos da Evolução dos Hominínios. Passando as Noites na Savana, Predação Noturna e o Luar.

5 de novembro, 10h – A Disponibilidade de Pedras nas Savanas e Florestas; a Pedra Como Míssil – Tamanho, Forma e Massa; Play Learning e Cognição. De Míssil e Martelo para Lasca e Biface.

22 de novembro, 10h – A Falta de uma Definição Padrão “Engenheiro” para um “Handaxe Feito com Esmero”. O Uso de Constantes Matemáticas Universais no Formato de Esferóides e Handaxes e a Relação com Mecanismos de Reconhecimento Facial de Primatas.

Foto: Nasa