Docente da FCFRP destaca riscos da automedicação
A automedicação pode trazer sérios riscos à saúde, seja durante a pandemia ou em qualquer outro momento. Na segunda parte da entrevista da professora da Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Ribeirão Preto da USP Carolina Aires ao USP Analisa, ela discute os perigos dessa prática e também o processo de desenvolvimento de um fármaco.
A docente lembra que, no caso da covid-19, ainda não há um tratamento definido para a cura da doença e não se deve tomar medicamentos sem a indicação de um especialista. “A automedicação pode trazer consequências seríssimas para o organismo da pessoa. No caso da hidroxicloroquina e da cloroquina, esses efeitos colaterais podem causar, por exemplo, cegueira e problemas cardíacos graves. Não existe ainda uma medicação certa para a cura da covid-19. Os estudos estão em andamento, alguns medicamentos estão sendo testados, mas não existe mesmo nenhum nenhum protocolo definido. Por isso mesmo é que essa questão da medicação baseada nos conselhos familiares ou então baseada em experiências pessoais não comprovadas deve mesmo ser evitada”, afirma ela.
Carolina destaca ainda as razões pelas quais o processo de desenvolvimento de medicamentos é tão longo, podendo variar entre dez e 15 anos. “Essa demora é justamente para poder prever o funcionamento, em qual parte da célula esse medicamento vai funcionar, se esse medicamento vai ser indicado para pessoas que têm hipertensão ou se ele vai ser vedado a gestantes. Então todo esse protocolo de desenvolvimento de um medicamento demora porque precisa passar por várias etapas”.
A entrevista vai ao ar nesta quarta (28), a partir das 18h05, com reapresentação no domingo (1º), às 11h30. O programa também pode ser ouvido pelas plataformas de streaming iTunes e Spotify.
O USP Analisa é uma produção conjunta do Instituto de Estudos Avançados Polo Ribeirão Preto (IEA-RP) da USP e da Rádio USP Ribeirão Preto. Para saber mais novidades sobre o programa e outras atividades do IEA-RP, inscreva-se em nosso canal no Telegram.