Especialistas abordam direitos autorais no contexto da inteligência artificial
Com a possibilidade de utilizar ferramentas como o Chat GPT para criar textos e imagens, o debate sobre regulação da inteligência artificial passou a incluir também o campo da propriedade intelectual. Afinal, esses mecanismos utilizam bancos de dados e são capazes de copiar estilos de artistas. Para entender como ficam os direitos autorais diante desse cenário, o USP Analisa conversa com a professora da Faculdade de Direito de Ribeirão Preto da USP, Cristina Godoy, e com o professor da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto da USP, Evandro Ruiz.
Segundo Cristina, existe um debate em torno da qualidade da propriedade intelectual. Ela lembra o caso de uma fabricante de celulares que tentou registrar a patente de determinados movimentos dos dedos dos usuários nas telas dos dispositivos.
“Há propriedades intelectuais de baixa qualidade, que a gente não deveria proteger, porque na realidade inviabilizam novas tecnologias e competidores, e tem aquelas de boa qualidade. Então vamos utilizar o mesmo sistema de análise. Realmente é uma cópia daquela obra de arte ou é um texto que é a cópia daquele romance? Se foi, acredito que o Direito vai tender a responsabilizar quem usou o Chat GPT. Porque você é responsável pelo conteúdo e pela obra que produz”, diz ela.
O USP Analisa é quinzenal e leva ao ar pela Rádio USP nesta sexta, às 16h45, um pequeno trecho do podcast de mesmo nome, que pode ser acessado na íntegra nas plataformas de podcast Spotify, Apple Podcasts, Google Podcasts, Deezer e Amazon Music.
O programa é uma produção conjunta do Instituto de Estudos Avançados Polo Ribeirão Preto (IEA-RP) da USP e da Rádio USP Ribeirão Preto. Para saber mais novidades sobre o USP Analisa e outras atividades do IEA-RP, inscreva-se em nosso canal no Telegram ou em nosso grupo no Whatsapp.