Evento lança livro sobre a teoria Gaia
Há duas hipóteses sobre as relações da vida com o planeta: ela adapta-se ao ambiente, tornando-se em grande parte determinada pelas condições que a Terra lhe oferece; ou é capaz de interagir com o ambiente, participando ativamente de processos que acontecem tanto na superfície quanto no interior do planeta.
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Essa questão será debatida na mesa-redonda Gaia — De Mito a Ciência,no dia 27 de novembro, às 10 horas, no IEA. Na ocasião será lançado o livro homônimo organizado pelo professor José Eli da Veiga, da FEA e do IRI, que também coordenará o evento.
A expositora será a professora Sônia Barros de Oliveira, do Instituto de Geociências (IGc) da USP, especialista em geoquímica e autora de um dos capítulos do livro. O debatedor será o jornalista Marcelo Leite, editor de Opinião do jornal "Folha de S.Paulo", especialista em jornalismo de ciência e doutor em ciências sociais pela Unicamp.
"Gaia — De Mito a Ciência" (Editora Senac SP, 176 pags., R$ 44,90) apresenta pontos capitais do pensamento do cientista e ambientalista britânico James Lovelock, distinguindo entre as mistificações a que seu pensamento esteve sujeito e seu valor científico para o estudo profundo do meio ambiente.
Lovelock, criador da teoria Gaia, é um pioneiro da pesquisa e da formalização de conclusões a respeito da visão do planeta como um sistema cibernético integrado pela biota e pelo ambiente físico-químico, apto a regular variáveis planetárias por meio de mecanismos de retroalimentação. Lovelock é também um homem polêmico, e suas declarações, em diferentes momentos, levaram tanto a comunidade científica como o púbico em geral a entender a teoria Gaia como uma perspectiva animista do planeta: a Terra compreendida como um superorganismo vivo que controlaria o ambiente com a finalidade de favorecer o desenvolvimento de todas as formas de vida.