IEA e Novartis reúnem especialistas em ciclo sobre saúde cardiovascular
O IEA e a farmacêutica Novartis irão promover o ciclo de seminários online A Sociedade Brasileira e o Cuidado da Saúde Cardiovascular, de 27 a 30 de setembro. A atividade é o ponto de partida de um esforço conjunto para ampliar as discussões e estudos multissetoriais sobre saúde do coração, tendo em vista os impactos desse grupo de doenças na qualidade de vida da população, na economia e nos sistemas de saúde do Brasil.
O ciclo terá um painel por dia, sempre das 17h às 19h, com transmissão ao vivo pelo site e YouTube do IEA-USP. Os temas serão:
- 27/09: “Sindemia: o impacto das doenças cardiovasculares na sociedade pós-Covid-19”;
- 28/09: “Saúde das pessoas e a saúde cardiovascular”;
- 29/09: “A desigualdade na doença cardiovascular e as populações vulneráveis”;
- 30/09: “Priorização de programas nacionais voltados ao cenário das doenças cardiovasculares”.
Veja os detalhes da programação de cada dia e inscreva-se para acompanhar.
A iniciativa do IEA e da Novartis tem como objetivo final estimular reflexões sobre o impacto das doenças cardiovasculares nos diversos setores da sociedade. “Com base em estudos socioeconômicos e por meio de diálogos e debates qualificados, buscaremos identificar formas novas de sensibilizar a comunidade a adotar ou reforçar comportamentos mais saudáveis. Assim, caminharemos em direção a um programa sustentável e abrangente de atenção integral a pessoas com alto risco cardiovascular”, explica o diretor do IEA, Guilherme Ary Plonski.
Para Fabiana Roveda, diretora médica da área de cardiologia da Novartis, o Brasil ainda convive com grandes desafios para lidar com as doenças cardiovasculares (DCVs). Segundo ela, essa é a principal causa de mortalidade no Brasil desde a década de 60 e, atualmente, cerca de 400 mil brasileiros morrem todos os anos em decorrência das DCVs. “O método mais eficaz para conter essa ‘pandemia permanente’ de doenças cardiovasculares é a prevenção dentro sistema de saúde. No entanto, o último documento publicado pelo Ministério da Saúde com um olhar específico para o risco global das DCVs é de 2006”, diz.
A executiva afirma que o cenário é complexo e requer mobilização e conscientização de diversos setores. “A urgência do tema demanda um olhar atento de todos os atores envolvidos nos sistemas de saúde e nas discussões de saúde populacional. Para além dos impactos clínicos, as doenças cardiovasculares também possuem uma importante carga socioeconômica, configurando um grande desafio na sociedade brasileira”.
O coordenador do ciclo, Erno Harzheim, professor de medicina de família e epidemiologia na Universidade Federal do Rio Grande do Sul e ex-secretário nacional de Atenção Primária do Ministério da Saúde, reforça que só o envolvimento de toda a sociedade é capaz de impactar na redução do número de sequelas e mortes advindos das doenças cardiovasculares. “Precisamos mobilizar toda a sociedade: as pessoas, a academia, o setor público e o setor privado. O risco cardiovascular exige uma linha de cuidado que permita trabalhar desde a promoção da saúde até a reabilitação. Além de promover uma sociedade mais saudável, uma inciativa como essa torna a sociedade mais produtiva e feliz. É um desafio para a união da sociedade brasileira em prol de um bem maior”.