IEA terá novos professores visitantes
Pierre Descouvemont, Hugh Lacey, Massimo Canevacci e Jerry Hogan ampliam o quadro de pesquisadores do Instituto a partir deste ano.
O IEA recebe quatro novos professores visitantes em 2013: o físico Pierre Descouvemont, convidado pelo Grupo de Pesquisa de Astrofísica Nuclear Não Convencional; o filósofo e historiador da ciência Hugh Lacey, convidado pelo Grupo de Pesquisa de Filosofia, História e Sociologia da Ciência e Tecnologia; o antropólogo Massimo Canevacci, indicado pelo Grupo de Pesquisa de Política Ambiental; e o etólogo Jerry Hogan, trazido por meio de uma parceria com o Instituto de Psicologia (IP) da USP.
PIERRE DESCOUVEMONT
Descouvemont é pesquisador da Université Libre de Bruxelles, Bélgica, onde investiga temas ligados à física e astrofísica nuclear. Ele ficará em visita ao IEA até o dia 31 maio, quando desenvolverá estudos sobre núcleos exóticos (núcleos ricos em nêutrons ou prótons) em parceria com o Grupo de Pesquisa de Astrofísica Nuclear Não Convencional.
Seu plano de pesquisa para a estadia no Instituto é dividido em duas frentes: suporte teórico para experimentos, que contará com a colaboração das professoras Alinka Lépine-Szily, do Instituto de Física (IF) da USP, e Marlete Pereira Assunção, da Unifesp; e extensões do método Continuum Discretized Coupled Channel (CDCC) para modelos de agrupamentos atômicos microscópicos, que terá a cooperação de Mahir Saleh Hussein, professor do IF e coordenador do Grupo.
Na primeira frente, Descouvemont planeja analisar novos dados através da teoria da matriz R. De acordo com ele, sua maior contribuição será aplicar a Teoria da Excitação de Coulomb. Já na segunda, o pesquisador pretende resolver a equação de Schrödinger para reações em que um projétil apresenta estrutura atômica de agrupamento com baixa energia de dissociação.
Além das atividades de pesquisa a serem realizadas em parceria com o Grupo e com professores do IF, Descouvemont participará de eventos no IEA, previstos para acontecer em abril.
HUGH LACEY
Lacey é professor emérito da Swarthmore College, EUA, e dedica-se ao estudo das relações entre ciência, tecnociência, valores e sociedade. O pesquisador ficará no IEA de março a junho de 2013 e de outubro a novembro do mesmo ano, quando estará envolvido com o Projeto Temático Fapesp 2011/51614-3 "Gênese e Significado da Tecnociência - Das relações entre Ciência, Tecnologia e Sociedade".
No primeiro período de visita ao Instituto, Lacey oferecerá uma série de oito seminários, nos quais conduzirá um debate sobre o modelo teórico de interação entre as práticas científicas e os valores éticos, sociais e econômicos. Além disso, dará início à organização de um livro ou de um dossiê para a revista "Estudos Avançados.
No segundo período, o filósofo concluirá a organização do livro ou dossiê, a ser produzido em parceria com Pablo Mariconda, professor da FFLCH e coordenador do Grupo de Pesquisa de Filosofia, História e Sociologia da Ciência e Tecnologia. A obra reunirá artigos que sintetizam o estado atual dos estudos relacionadas ao modelo e trará previsões sobre como esse modelo continuará a se desenvolver no futuro.
Uma terceira atividade, também programada para o segundo período de estadia de Lacey no IEA, ainda está em fase de planejamento. Trata-se de uma sequência de quatro seminários sobre temas nos quais tanto a ciência quanto os valores são fundamentais. A princípio, os tópicos seriam mudanças climáticas; energia nuclear e outras questões energéticas; tecnologias verdes; e desenvolvimento de softwares computacionais.
No segundo período, o filósofo concluirá a organização do livro ou dossiê, a ser produzido em parceria com Pablo Mariconda, professor da FFLCH e coordenador do Grupo de Pesquisa de Filosofia, História e Sociologia da Ciência e Tecnologia. A obra reunirá artigos que sintetizam o estado atual dos estudos relacionadas ao modelo e trará previsões sobre como esse modelo continuará a se desenvolver no futuro.
Uma terceira atividade, também programada para o segundo período de estadia de Lacey no IEA, ainda está em fase de planejamento. Trata-se de uma sequência de quatro seminários sobre temas nos quais tanto a ciência quanto os valores são fundamentais. A princípio, os tópicos seriam mudanças climáticas; energia nuclear e outras questões energéticas; tecnologias verdes; e desenvolvimento de softwares computacionais.
MASSIMO CANEVACCI
Canevacci é professor de Antropologia Cultural e de Arte e Culturas Digitais da Università Degli Studi di Roma La Sapienza, Itália. Seus estudos concentram-se nas áreas da etnografia, comunicação visual, arte e cultura digital.
O antropólogo, que já esteve no Brasil como professor visitante pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) e pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), começa suas atividades no IEA em março. Nos 12 meses em que permanecerá no Instituto, ele vai desenvolver uma pesquisa situada na interseção entre quatro grandes quadros conceituais: a auto-representação; a ubiquidade; o fetichismo visual; e a teoria crítica e experimental.
No primeiro semestre de 2013, seu trabalho será voltado para a elaboração teórica e, no segundo, à pesquisa empírica. Entre as atividades previstas para o período estão a realização de seminários, participação em congressos internacionais, lançamento de livros de sua autoria e o oferecimento de um curso de sete semanas.
JERRY HOGAN
Hogan é professor emérito do Departamento de Psicologia da University of Toronto, Canadá. Desenvolve pesquisas na área de psicologia experimental e biologia comportamental. O etólogo já esteve no IEA em 2008, quando apresentou seu estudo sobre os processos circadianos em galos.
Para sua nova visita ao Instituto (de agosto a novembro de 2013 e mais dois meses no início de 2014), o pesquisador propôs a produção de uma monografia sistematizando resultados e conceitos obtidos no âmbito das novas especialidades de seu campo de pesquisa. O objetivo é que a obra funcione como um referencial teórico unificado para estudar o comportamento animal e humano.
De acordo com Hogan, isso é tão importante porque, embora muitos progressos venham sendo feitos nessas diversas especialidades, os pesquisadores se tornaram muito focados nas suas próprias áreas de estudo e acabaram deixando de se comunicar uns com os outros.
"A monografia não é para ser uma revisão da literatura ou um livro. Pelo contrário, é uma tentativa de integrar os conceitos e dados dos vários campos com interesse comportamental em um quadro único. Espera-se que tal esforço facilite a comunicação entre cientistas de áreas diferentes e que esta comunicação leve a novos insights", ressalta o etólogo.
Hogan planeja, ainda, fazer uma conferência no IEA, ministrar aulas voltadas para a discussão de tópicos relevantes para a produção da monografia e dar um curso de pós-graduação no IP.
Fotos (a partir do alto): Sandra Codo; Arquivo pessoal de Jerry Hogan