Seminário discute variáveis da formulação de políticas públicas ligadas às mudanças climáticas
Identificar, caracterizar e discutir políticas públicas que visam a minimizar os efeitos das mudanças climáticas é o objetivo do seminário Do Global ao Local: Políticas Públicas e Mudanças Climáticas na Atual Conjuntura, que acontecerá no dia 6 de maio, das 10h às 17h30 no IEA. Durante o encontro, os pesquisadores irão analisar as interações entre os diferentes atores, setores e instituições envolvidos na temática, assim como os instrumentos de políticas públicas. O evento é organizado pelo Grupo de Pesquisa Políticas Públicas, Territorialidades e Sociedade, com apoio do Polo Brasil Institut des Amériques. Haverá transmissão ao vivo pela web, e a participação presencial requer inscrição prévia.
De acordo com os organizadores, são muitos os atores e setores envolvidos na dinâmica de criação de políticas relacionadas às mudanças climáticas, e cada um deles busca fazer prevalecer suas preocupações, perspectivas e interesses. No seminário, eles discutirão como essas dinâmicas afetam ou podem afetar a construção de políticas públicas no Brasil, tanto no âmbito federal como no âmbito subnacional. Também levarão em consideração a postura adotada pelo governo Jair Bolsonaro em relação ao tema.
As discussões serão orientadas por dois conceitos: o de “globalização do clima” e de “climatização do mundo”. Segundo os autores Stefan Aykut e Amy Dahan, a globalização do clima é a inclusão de novas questões, assim como de novos atores, no regime climático. Já a climatização do mundo, como conceituada por Jean Foyer, é observada quando atores diversos apresentam questões que anteriormente não estavam diretamente ligadas ao regime climático através de “termos climáticos”.
Como explica Dahan, além das comunidades humanas, outros atores também são afetados pelo problema das mudanças climáticas, como meios naturais e setores de atividades (por exemplo, os ligados aos oceanos, pesca, florestas, agricultura e segurança alimentar). Todos querem estar na negociação, fazer prevalecer suas preocupações e traduzir seus interesses em termos climáticos, explica Amy Dahan.
No encontro, estudantes e pesquisadores da área poderão apresentar suas pesquisas sobre o tema ao final de cada mesa, quando o debate incluirá o público presente.