Especialistas discutem como aproveitar o potencial brasileiro em recursos naturais estratégicos
Brasil possui 98% das reservas de nióbio do mundo, um dos metais mais resistentes à corrosão e considerado um supercondutor de corrente elétrica |
O potencial brasileiro em recursos naturais estratégicos será o tema a ser debatido no próximo dia 16 de março, às 9h, no IEA. Diálogo sobre Cooperação Tecnológica - Transformando Recursos em Riquezas tratará do potencial do país nesta área, mas também dos possíveis caminhos para fazer com que eles possam vir a ser uma nova fonte impulsionadora de desenvolvimento sustentável.
Com transmissão ao vivo pela internet e com inscrição prévia apenas para aqueles que desejam assisti-lo presencialmente, o evento terá como conferencistas Caetano Juliani, professor do Departamento de Geologia Sedimentar e Ambiental (GSA) da USP, Fernando Landgraf, diretor presidente do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), e Eduardo Ribeiro, presidente da Companhia Brasileira de Metalurgia e Mineração (CBMM).
Um dos recursos estratégicos que será abordado é o dos bens minerais. De acordo com Caetano Juliani, a demanda por tais bens cresce diante do aumento da população mundial. “Hoje, com redução dos teores e das reservas da maioria dos minérios, torna-se premente a descoberta de novos depósitos minerais e a abertura de novas minas, de modo a suprir a demanda crescente”, explica o professor.
Juliani apresentará a questão mineral voltada para a região amazônica, área que, segundo ele, atrai a atenção da indústria mineral por ainda ser uma província de potencial desconhecido.
“Novos modelos geológicos que estão sendo desenvolvidos indicam, por exemplo, um grande potencial para ocorrência de depósitos de grande porte de cobre, molibdênio e ouro em terrenos vulcânicos denominados mineralizações do tipo pórfiro, típicos de terrenos mais recentes, como os dos Andes e do oeste dos EUA”, explica Juliani, que completa: “Caso sejam efetivamente encontrados depósitos minerais econômicos deste tipo na região, haverá um grande impacto socioeconômico para região e para o país”.
Para o professor, o que falta para o país se desenvolver nessa área são investimentos básicos efetivos em levantamentos geológicos e aerogeofísicos e, sobretudo, programas de incentivo, desenvolvimento e de cooperação entre a indústria, a academia e o governo.
Diálogo sobre Cooperação Tecnológica - Transformando Recursos em Riquezas
16 de março, às 9h
Auditório IEA, Rua do Anfiteatro, 513, Cidade Universitária, São Paulo
Evento gratuito, com transmissão ao vivo pela internet
Com inscrição prévia
Mais informações: Claudia Regina (clauregi@usp.br), telefone: (11) 3091-1686
Página do evento