Coletânea de artigos apresenta alternativas sustentáveis para o agronegócio
O IEA, a Editora Manole e a Faculdade de Saúde Pública (FSP) da USP lançaram recentemente o livro "Sustentabilidade no Agronegócio", integrante da Coleção Ambiental da editora. A obra contém 26 capítulos divididos em quatro seções: "Agronegócio e Sustentabilidade", "Sistemas e Práticas Sustentáveis", "Serviços Ecossistêmicos e Mudanças Climáticas" e "Legislação, Políticas Públicas e Governança".
Os capítulos foram escritos (individualmente ou em parcerias) por 78 especialistas de diversas instituições acadêmicas, governamentais e empresariais, inclusive pesquisadores de centros e universidades da Alemanha, EUA e França. O livro possui 806 páginas e custa R$ 259,00.
Os editores são o doutor em meio ambiente e desenvolvimento Cleverson Vitório Andreoli, professor do Programa de Mestrado em Governança e Sustentabilidade do Instituto Superior de Administração e Economia (Isae), e o sanitarista Arlindo Philippi Jr., professor titular do Departamento de Saúde Ambiental da Faculdade de Saúde Pública (FSP) da USP e coordenador do Centro de Síntese USP Cidades Globais do IEA.
De acordo com Andreoli e Philippi Jr., as quatro seções da obra são dedicadas, respectivamente, a:
- diferentes perspectivas sobre como integrar as múltiplas facetas da governança ambiental em prol de um agronegócio mais sustentável;
- análise de sistemas, práticas, tecnologias e indicadores para a intensificação sustentável da agricultura, "uma estratégia central para sustentar 10 bilhões de pessoas em um mundo que possa ser saudável e equilibrado";
- interconexões entre o agronegócio, as questões climáticas e os serviços ecossistêmicos;
- três aspectos da governança ambiental: marco legal, arranjos de governança e educação.
Contexto
Os dois professores comentam na Introdução do livro que a identificação, caracterização e materialização dos ativos ambientais e dos procedimentos voltados ao manejo adequado dos imóveis e mesmo a recuperação de passivos que possam gerar serviços ambientais e ecossistêmicos são pontos-chave para sua valorização social e econômica.
Para tanto, é necessária uma "análise crítica sobre as práticas do setor que precisam ser aprimoradas, para redução dos impactos ambientais, e o desenvolvimento de programas que promovam a sustentabilidade nas dimensões social, econômica e ambiental, considerando as diferentes peculiaridades das agriculturas praticadas no País". Da mesma forma, acrescentam, devem ser identificadas também as práticas já adotadas, "para dimensionar e dar visibilidade à contribuição da agricultura para a qualidade ambiental".
Diante desse contexto, colocam-se à frente do agronegócio alternativas preciosas para o exercício de seu protagonismo, enquanto setor determinante para o desenvolvimento de uma nação que se pretende viável economicamente, justa socialmente, ambientalmente equilibrada e culturalmente respeitável. Essa é a contribuição pretendida pelo livro, afirmam Andreoli e Philippi Jr.
Coleção
Coordenada por Philippi Jr., a Coleção Ambiental da Editora Manole reúne obras com resultados de pesquisa e contribuições de destacados professores, pesquisadores e profissionais da área ambiental e correlatas, integrantes de instituições de ensino e pesquisa do Brasil e do exterior, órgãos públicos, setores empresariais e de organizações não governamentais. O objetivo é promover a abordagem multi, inter e transdisciplinar que a área requer.
De acordo com a editora, as obras da coleção contribuem tanto para a disseminação do conhecimento produzido a partir de bases científicas sólidas e conectadas às intervenções reais da sociedade quanto para a ampliação das reflexões e dos debates sobre questões sociais, econômicas, ambientais e políticas pertinentes à sustentabilidade do desenvolvimento.