Censo Jardim São Remo, Jardim Keralux e Vila Guaraciaba
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Os moradores das comunidades Jardim São Remo (ao lado do campus no Butantã, Zona Oeste), Jardim Keralux e Vila Guaraciaba (ambas ao lado da Escola de Artes, Ciências e Humanidades, em Ermelino Matarazzo, Zona Leste) participarão de um censo coordenado pela Cátedra Olavo Setubal de Arte, Cultura e Ciência. As informações coletadas e analisadas servirão para planejar e reivindicar ações que promovam sua qualidade de vida, o acesso a direitos básicos e serviços públicos de qualidade e a melhoria da infraestrutura urbana.
O censo nas comunidades vizinhas a dois campi USP da capital teve início em janeiro e vai até julho de 2019. Os recenseadores são 38 estudantes da USP – todos moradores ou ex-moradores de periferias paulistanas. Eles entrevistarão um responsável de cada residência e estabelecimento comercial das três comunidades.
A coordenação da atividade é da educadora e ativista social e cultural Eliana Sousa Silva, atual titular da cátedra e diretora da Redes da Maré, ONG atuante no Complexo da Maré, maior conjunto de favelas da cidade do Rio de Janeiro. Eliana coordena ação semelhante na Maré, iniciada em 2011.
- Estudantes da USP que atuam como recenseadores no Jardim São Remo, no Jardim Keralux e na Vila Garaciaba durante treinamento na sede do IEA
Para que servirá?
O censo permitirá a coleta de diversos dados, como número de habitantes, composição da população por faixas etárias, escolaridade, condições de moradia, infraestrutura urbana, conforto ambiental, atividades comerciais, instituições públicas e privadas que atuam na comunidade e moradores que desenvolvem ações culturais, esportivas e de comunicação.
Os dados populacionais, sociais e econômicos permitirão caracterizar e dimensionar as demandas específicas da comunidade, além de ressaltar suas virtudes e potencialidades, explica Eliana. “Com números e outras informações, vai ser mais fácil para as associações comunitárias, ONGs, órgãos públicos ou qualquer morador mobilizar as pessoas e planejar ou reivindicar melhorias para a comunidade."
Ao longo dos anos, a USP tem desenvolvido vários projetos na São Remo, com o intuito de, gradativamente, contribuir para a melhoria das condições de vida na comunidade e o fortalecimento da relação entre professores, estudantes e funcionários da Universidade com os moradores da área.
Como funcionará?
Com direito a bolsa específica para participação no projeto concedida pela Reitoria da USP e identificados com crachá e camiseta, os estudantes farão as entrevistas em três fases: porta a porta, em cada residência (Censo Populacional); nos estabelecimentos comerciais (Censo Econômico); e nas instituições sem fins lucrativos, como escola, posto de saúde, espaços religiosos, ONGs e associação de moradores.
Todas as informações serão prestadas de forma confidencial. Os dados serão divulgados por meio de estatísticas coletivas e nunca de modo a que uma residência ou estabelecimento comercial possa ser identificado. No caso do comércio, a divulgação do nome e endereço do estabelecimento poderá ocorrer se o responsável tiver interesse nisso e conceder autorização formal.
Os resultados do censo serão encaminhados aos comerciantes, entidades e instituições da comunidade, de modo que todos os moradores possam ter acesso a eles.
A participação no censo é voluntária. No entanto, “quanto maior for o número de moradores e comerciantes participantes, mais exato serão os resultados e melhores serão os benefícios do censo”, ressalta Eliana.