Meio Ambiente e Sociedade
O Grupo de Estudos sobre Ciências Ambientais formou-se no primeiro semestre de 1987, sob acoordenação do prof. José Galízia Tundisi e, em 1988, suas atividades com um tratamento priorizado encontraram-se em fase de implantação.
O uso eficiente de recursos naturais renováveis e não-renováveis, e a recuperação de ecossistemas, requerem uma atuação integrada e interdisciplinar que tem sido desenvolvida nos anos recentes na área de Ciências Ambientais. Este abrangente campo de atividade cientifica tem uma ampla interface com o planejamento do desenvolvimento econômico e social, principalmente no que se refere ao gerenciamento de recursos, à previsão e quantificação de impactos ambientais, e à análise e busca de tecnologias adequadas para controle ambiental e resolução de problemas relativos à poluição e degradação ambiental.
A inserção de conceitos ambientais e de teoria ecológica no processo de planejamento demanda uma análise crítica da situação atual do Brasil e da América Latina quanto a políticas de desenvolvimento e o uso de recursos, poluição, crescimento sustentado com gerenciamento ambiental e prognósticos com vários cenários alternativos. A busca de modelos alternativos e de seus possíveis impactos nos sistemas naturais é um ponto importante de atuação na área de Ciências Ambientais. Ela envolve a análise e introdução de ampla conceituação teórica, a qual deve ser incorporada ao processo de planejamento a longo prazo.
A crítica situação em muitas regiões do Brasil, com relação ao ambiente, é, em grande parte, devida à exclusão de princípios ambientais do planejamento regional. Problemas como energia e ambiente, a situação ambiental das grandes metrópoles, a expansão da fronteira agrícola demandam uma profunda análise e a proposição de soluções criativas adequadas à realidade regional.
Um outro aspecto importante é a formação de recursos humanos em Ciências Ambientais.
Tendo em vista esta problemática, o Instituto de Estudos Avançados da USP, na sua área de concentração em Ciências Ambientais, deverá desenvolver atividades em três projetos principais:
1) Análise crítica do processo de desenvolvimento e suas repercussões ambientais; bases ambientais e alternativas para o desenvolvimento regional sustentado. Neste projeto, o primeiro tópico a ser tratado desenvolverá o tema Energia e Ambiente com a realização de um seminário em 1989 (primeiro semestre);
2) Análise do desenvolvimento teórico e a situação atual da ecologia e sua aplicação nos trópicos. Neste projeto, procurar-se-á aprofundar a análise conceituai da ciência ecológica e examinar alternativas e mecanismos para sua efetiva aplicação no conjunto de processos e ecossistemas tropicais. Nesta perspectiva, insere-se a realização de dois seminários, um em 1988 e outro no início de 1989: "Ecologia, Teoria e Práxis" (segunda quinzena de outubro), e "Modelagem Ecológica: teoria e aplicações" (9-13 de janeiro de 1989), este último em conjunto com a Escola de Engenharia de São Carlos (Centro de Recursos Hídricos e Ecologia Aplicada e Centro de Processamento de Dados);
3) Atualmente, existe uma enorme atividade relacionada à análise de impacto ambiental. Bases seguras para uma análise de impacto ambiental provêm da implantação de metodologias adequadas com extensa conceituação teórica e conhecimento científico de processos ecológicos, organização espacial e hierarquias de fatores associadas a aspectos econômicos e sociais. Também a quantificação das análises é fundamental. Portanto, esta terceira atividade deverá ser desenvolvida através da criação de um outro grupo: Metodologias de impacto ambiental: uma análise crítica.
A área depois teve como coordenadores: Aziz Ab’Sáber (maio de 1989 a agosto de 1992); Umberto Giuseppe Cordani (setembro 1992 a setembro 1995); Aldo da Cunha Rebouças (outubro 1995 a maio 1998); Eurico Cabral de Oliveira (novembro 1998 a agosto 1999); Pedro Leite da Silva Dias (setembro 1999 a julho 2008). A área tornou-se o Grupo de Pesquisa de Ciências Ambientais e teve como coordenador, desde agosto de 2008, Wagner Costa Ribeiro. Outros grupos se originaram desse núcleo, tais como: Grupo de Redução de Desastres Naturais (baseado na instituição da “Década de Redução de Desastres Naturais” pela ONU) e a Comissão USP do IGBP (International Geosphere-Atmosphere Programme). Os seus integrantes são: Ana Paula Fracalanza, Célio Bermann, Helena Ribeiro, José Pedro de Oliveira Costa, Leandro Luiz Giatti, Luis Enrique Sanchez, Luiz Carlos Beduschi Filho, Luis Gylvan Meira Filho, Paulo Eduardo Artaxo Netto, Pedro Roberto Jacobi, Silvia Helena Zaniratto, Sonia Maria Flores Gianesella e Tercio Ambrizzi.
Em 2013 passou a chamar-se Meio Ambiente e Sociedade, sob a coordenação do professor Pedro Jacobi e a partir de agora seus integrantes, realizações etc. poderão ser analisados neste novo formato do site do IEA.