Informação e Comunicação
Coordenador | |
---|---|
1943-2009 |
Instalado em dezembro de 1998 com atividade até 2007, o grupo teve como objetivos básicos a reflexão interdisciplinar sobre os impactos sociais, econômicos, políticos e culturais da Internet. Visou também imprimir uma atenção especial ao impacto das novas tecnologias de Informação e Comunicação nas atividades e na inserção social das Universidades. Leia mais no Informativo IEA, n. 54, março-abril, 1999, pág. 5.
O ciclo temático “A Riqueza das Redes" , realizado em 2007, teve como objetivo reunir tecnólogos, economistas, antropólogos, cientistas sociais e políticos, profissionais de comunicação e outros interessados em uma série de debates sobre a produção social intermediada pela Internet. O ciclo tomou como referência os temas tratados por Yochai Benkler, da Escola de Direito da Universidade Yale, EUA, no livro "The Wealth of Networks – How Social Production Transforms Markets and Freedom" ["A Riqueza das Redes — Como a Produção Social Transforma Mercados e a Liberdade"].
Relacionado
VÍDEOS
- A Análise Antropológica e Cultural da Produção Social
- A Análise Econômica da Produção Social
- A Transição do Industrial para o Interconectado e Exemplos de Produção Social
- Debate com Yochai Benkler
-
A Produção Cooperativa via Internet: Sinergias e Paradoxos
- O Espaço-Tempo da Sociedade do Conhecimento
- A Internet, Propriedade Intelectual, O Conhecimento Comunitário e Monopólios Digitais
- Know-ware: O Espaço-Tempo da Sociedade do Conhecimento
- O Aprendizado da Informática por Adolescentes em Situação de Vulnerabilidade
- Tendências em Economia da Telecomunicação
- The Future of Scholarly Publication and Communication
- Impactos das Novas Tecnologias de Informação: Universidade e Sociedade
NOTÍCIA
Yochai Benkler analisa produção cooperativa e não-proprietária de informação, conhecimento e cultura
Quais os impactos econômicos, políticos, sociais e culturais que as novas formas de produção cooperativa e não-proprietária possibilitadas pela Internet podem ocasionar? Os ambientes digitais possibilitarão o pleno desenvolvimento desse novo modelo produtivo ou ele terá de moldar-se para atender aos padrões tradicionais de produção e consumo? Essas e outras questões serão debatidas pelo jurista Yochai Benkler, da Faculdade de Direito da Universidade Yale, na conferência "Liberdade e Justiça nos 'Commons'.
Na conferência, Benkler fornecerá um arcabouço analítico e um esboço prático para reflexão sobre as escolhas que a sociedade tem feito atualmente, analisando-as em função das consequências que poderão ter para um mundo a ser construído em torno do emergente ambiente informacional interligado em redes. (Leia sinopse abaixo.)
Na acepção utilizada pelo jurista no título da conferência e no conceito "commons-based peer-production", o termo "commons" não tem tradução específica em português, mas pode ser definido como "ambiente digital de propriedade comunitária". Um bom exemplo disso é o "ambiente" de desenvolvimento do software livre. Originalmente, o termo se refere às áreas de propriedade comunal existentes desde a Idade Média no Reino Unido, sobretudo na Inglaterra e em Gales, utilizadas anteriormente para pastoreio e agricultura e agora destinadas sobretudo à preservação ambiental nas cercanias de vilas e cidades.
"Benkler talvez seja o especialista com a maior imaginação inovativa para explicar os novos métodos cooperativos e de compartilhamento mediados pela Internet", comenta Imre Simon, do Instituto de Matemática e Estatística (IME) da USP e integrante da comissão coordenadora do Programa Tidia (Tecnologia da Informação no Desenvolvimento da Internet Avançada) da Fapesp.
O jurista também participará do "Primeiro Workshop Tidia", que será realizado de 3 a 5 de novembro de 2004 no Centro de Convenções Rebouças. No dia 4, às 16h, ele faz a palestra "A Emergência da Produção por Pares e do Compartilhamento na Economia da Informação em Rede"; no dia 5, também às 16h, participa do painel "Cooperação e Compartilhamento na Economia da Informação em Rede".
O artigo Freedom in the Commons, Towards a Political Economy of Information trata das idéias que Benkler desenvolverá na conferência no IEA. Outros textos relevantes para a temática são Coase's Penguin, or Linux and the Nature of the Firm e "Sharing Nicely": On Shareable Goods and the Emergence of Sharing as a Modality of Economic Production.
Mais: informações sobre as atividades de Benkler em São Paulo e sobre as características mais importantes do "commons-based peer-production" estão em www.ime.usp.br/~is/Benkler.
NOTÍCIA
Liberdade e Justiça nos "Commons": Uma Economia Política da Informação
Yochai Benkler
Estamos no meio de uma transformação tecnológica e econômica que nos permite renegociar os termos da liberdade individual, do discurso cultural, da participação política e da justiça social na sociedade da informação. A Internet está tornando possível o amadurecimento de novas formas cooperativas de produção de informação, conhecimento e cultura em oposição aos mecanismos habituais de propriedade, hierarquia e mercados. Em particular, está permitindo que indivíduos, agindo isoladamente e em associações flexíveis com seus pares, tornem-se produtores de seu próprio ambiente informacional e cultural.
Isso representa uma ruptura dramática da tendência dos últimos 150 anos voltada para a comercialização e concentração do sistema de produção de informação e cultura. Esse momento de transição nas condições materiais dessa produção nos oferece uma oportunidade para a reestruturação daquele sistema de forma a ampliar a liberdade individual, possibilitar maior diversidade cultural, aperfeiçoar o discurso político e melhorar alguns aspectos da injustiça econômica, em particular no que concerne às desigualdades globais de desenvolvimento. Ao mesmo tempo, a transição nos permite elevar a produtividade na economia da informação.
Mas a cornucópia das mudanças desejadas ameaça várias forças econômicas e culturais arraigadas da economia da indústria da informação do século 20. Hollywood, as redes de difusão televisiva e radiofônica e a indústria fonográfica se sentem ameaçadas pelo surgimento da produção cultural e de informação não-proprietária e à margem dos mercados. Fornecedores de software proprietário estão ameaçados pelo aparecimento do software livre. As empresas de telefonia, de fibra ótica e de telefonia celular estão ameaçadas pelas alternativas não-proprietárias a seus sistemas, como redes sem fio ou rede de fibras municipais que atingem as residências.
Em casos judiciais, nos procedimentos regulatórios e na legislação assistimos hoje a uma campanha lançada sobre a ecologia institucional dos ambientes digitais. A questão nessas batalhas é se os ambientes digitais permitirão o florescimento da produção cooperativa entre pares, não-proprietária e à margem dos mercados, trazendo com ela uma série de aprimoramentos bem definidos na liberdade e distribuição de justiça, ou se serão moldados para servir às necessidades dos modelos de negócio baseados no fornecimento - por proprietários - de produtos acabados a consumidores passivos. Assim como ocorreu nos casos da impressão, rádio e telefone, as escolhas institucionais que fizermos durante este período formativo inicial provavelmente determinarão a resposta a essas questão para as próximas décadas.
CONFERÊNCIAS
24 de setembro de 2002
"O advento da internet protagonizou a produção cooperativa de bens de informação, produção que apresenta várias características surpreendentes. Talvez o exemplo mais pujante desse fenômeno seja o movimento de software livre que levou ao aparecimento e rápido amadurecimento do sistema operacional GNU/Linux." O comentário é do professor Imre Simon (foto), do Instituto de Matemática e Estatística (IME) da USP e coordenador da Equipe Interdisciplinar de Pesquisa sobre Comunicação e Informação do IEA. "Simon fará um breve levantamento dos principais exemplos de uso desse paradigma inovador e tentará analisar as suas características mais marcantes, que "incluem poderosas sinergias e alguns paradoxos que aparecem quando esse processo é confrontado com os conceitos e valores habitualmente aceitos 20 anos atrás". Também examinará as principais dificuldades enfrentadas para a afirmação e aceitação desse modo de produção de bens de informação – baseado em processos cooperativos em torno da informação aberta – é procurará indicar em que novas áreas o sistema poderia ser instalado com sucesso, sobretudo no Brasil.
Responsável: Prof. Gilson Schwartz (Pesquisa de Professor Visitante)
Projeto "Cidade do conhecimento"
Responsável: Prof. Gílson Schwartz
Atividades do Projeto:
a) "Semana da Mulher", participação na mesa redonda sobre "Gênero, Ciência e Tecnologia".
08 de março de 2002
Local: Anfiteatro do Edifício Adriano Marchini – IPT-USP
b) Participação do Prof. Gílson Schwartz: 1) na Comitiva do Ministério da Ciência e Tecnologia à II Reunião de Ministros Iberos Americanos de Sociedade da Informação. 2) reunião de Ministros da união européia, América Latina e Caribe, sobre Sociedade da Informação.
25 de abril de 2002
Local: Sevilha - Espanha
a) VIII Congresso de Informática Pública – CONIP -Participação do Prof. Gílson Schwartz no 4
11 de junho de 2002
Local: Shopping Convenção Center – São Paulo – SP
o. Seminário "Cidade do Futuro, Cidades do Conhecimento", onde apresentou o tema: "Cidade do conhecimento da USP: história, teoria, futuro". 14
b) Workshop "Gestão Estratégica, Metodologia, Tecnologias para o ambiente de E-Learning". Participação na mesa "Educar na sociedade de informação: a construção de uma comunidade de educadores"
2 de outubro
Local: Centro de Convenções do Blue Tree Convention Plaza – São Paulo
Coordenador: Imre Simon
Palestrante: David Bender, David J. Dicker, Luiz Olavo Baptista, Demi Getschko e imre Simon
22 de agosto de 2000
Coordenador: Imre Simon
Palestrante: Gilson Schwartz 30
28 de agosto; 4, 11, 18, 25 de setembro; 9 e16 de outubro e 20 de novembro de 2000
Workshop
Iniciativa: EDIC
Debatedores: Ary Plonski, Gilson Schwartz, Vera Soares, Maria Cecília Toloza, Dirce Maria Freitas Francetti; Rosangela Faria Rangel, Heloize Helena de Campus, Alan Durham, Antonio Savério Rincon Mungioli
17 de outubro de 2000
Coordenador: Gilson Schwartz
Palestrantes: Márcio Wohlers (UNICAMP) e Walter Shima (UFAR)
11 de dezembro de 2000
Coordenador: Imre Simon
Palestrante: Martin Groetschel
6 de maio de 1999
Local: Auditório Jacy Monteiro – IME/USP
Coordenadores: Profs. Imre Simon e Caio Dantas
23 e 24 de setembro de 1999
Local: Auditório da Faculdade de Economia e Administração