Participantes em 2020
Ana Maria de Oliveira Nusdeo (FD-USP), com o projeto "Mudanças Climáticas: Desafios para uma Governança Multiescala". Período: 1 ano. Professora do Departamento de Direito Econômico, Financeiro e Tributário da Faculdade de Direito (FD), Ana Maria fará uma análise do que tem sido chamado de “governança climática” — o esforço global para mitigar as mudanças climáticas a partir de um conjunto de normas e programas com ações estruturadas em níveis internacional, nacional, subnacional e local. Explorando relações entre direito, economia e meio ambiente, a pesquisadora se debruçará sobre as normas jurídicas que envolvem essa questão. Entre elas, há medidas regulatórias adotadas por governos e empresas que buscam seguir recomendações de agendas internacionais. Ana Maria pretende publicar dois artigos científicos sobre os resultados da pesquisa. |
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Wagner Pralon Mancuso (FFLCH-USP), com o projeto "Dinheiro e Política: Um Estudo do Financiamento Eleitoral Lícito e Ilícito no Brasil Contemporâneo". Período: 1 ano. Mancuso é mestre e doutor em ciência política pela Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH), onde graduou-se em ciências sociais e hoje é professor no Departamento de Ciência Política. Seu projeto aborda os aspectos do financiamento eleitoral brasileiro e as relações entre dinheiro e política em nossa democracia. Mancuso tem duas metas principais. A primeira é analisar o impacto das contribuições empresariais lícitas sobre a produção legislativa dos deputados federais eleitos em 2010 e em 2014. A segunda é investigar a dinâmica do financiamento ilícito no período entre 2010 e 2018 — no qual ocorreram três eleições nacionais e duas municipais — com base no estudo de ações na Justiça. |
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Marcia Aparecida Gobbi (FE), com o projeto "Crianças e Mulheres em Luta por Moradia: Na Lida Cotidiana, as Escolas Frequentadas e Representadas". Período: 1 ano. Graduada em Ciências Sociais pela pela Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) e mestre e doutora em educação pela Unicamp, Marcia é professora da Faculdade de Educação (FE). A partir de relatos orais, desenhos e fotos produzidos por mulheres e crianças moradoras de ocupações situadas nas regiões centrais da cidade de São Paulo, a pesquisadora analisará as representações que elas têm sobre as práticas e abordagens educacionais oferecidas pelas instituições às crianças. O projeto deve resultar em um artigo ou capítulo de livro, além de livro resultante das pesquisas e leituras aprofundadas sobre a temática em formato e-book. Produção
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Lineu Norio Kohatsu (IP), com o projeto "Imigração e Educação Escolar". Período: 1 ano. Professor do Instituto de Psicologia (IP), Kohatsu espera contribuir com a produção de conhecimento sobre os desafios na inclusão de alunos de origem estrangeiras nas escolas públicas. A parte empírica do projeto consiste em uma pesquisa qualitativa em uma escola estadual da Zona Norte da cidade de São Paulo. Já a parte teórica é uma comparação entre pesquisas sobre a educação de imigrantes produzidas na Universidade Nacional de Córdoba e na Universidade de Buenos Aires, ambas na Argentina, e na Universidade Autônoma de Barcelona, Espanha. Kohatsu pretende produzir três artigos científicos e organizar dois seminários. O trabalho final da pesquisa deverá ser apresentado na forma de tese de livre docência no Instituto de Psicologia. |
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Evandro Eduardo Seron Ruiz (FFLCRP), com o projeto "Aspectos Computacionais do Tratamento de Dados Pessoais no Âmbito da Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais". Período: 1 ano. Ruiz é professor do Departamento de Computação e Matemática da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto (FFLCRP). Baseando-se na Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD), que deve entrar em vigor em agosto de 2020, pretende produzir materiais técnico-científicos sobre metodologias de desindentificação, anonimização, desanonimização e pseudo-anonimização de dados pessoais, principalmente dos dados abertos divulgados pelas administrações públicas de organizações municipais, estaduais e federais. O pesquisador espera publicar artigos científicos e materiais de divulgação para basear decisões de agências governamentais. |
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Cíntia Rosa Pereira de Lima (FDRP), com o projeto "A Dicotomia entre Dados Pessoais e Dados Anônimos: Desafios e Perspectivas Regulatórias no Brasil". Período: 1 ano. A segurança dos dados pessoais também é tema do projeto de Lima, professora da Faculdade de Direito de Ribeirão Preto (FDRP). Ela espera relacionar direito e tecnologia para investigar se a dicotomia entre dados pessoais e anônimos se sustenta no atual estágio tecnológico. Com isso, espera rediscutir os modelos regulatórios sobre armazenagens de dados dos indivíduos e sugerir soluções legislativas e tecnológicas, bem como propor boas práticas aos controladores e operadores de tratamento de dados pessoais para a garantia efetiva da proteção desses dados. |
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Valéria Cazetta (Each), com o projeto "A Tatuagem no Brasil: Trajetórias e Tendências de uma Prática". Período: 1 ano. Doutora, mestre e graduada em geografia, Valéria é professora da Each. Uma de suas linhas de pesquisa aborda a fronteira entre imagens (mapas, fotografias, tatuagens, imagens orbitais, desenhos e produção de narrativas audiovisuais), estudos culturais, geografia e educação. No IEA, seu objeto de estudo será a prática da tatuagem no Brasil e seu uso como um procedimento arquivístico, a fim de compreender como uma prática milenar tornou-se regra na contemporaneidade. Também pretende verificar o tipo de regulação sobre a prática no país. A pesquisadora ressalta que a tatuagem tem adensado múltiplos interesses, inclusive o de produção de materiais e instrumentos, envolvendo “um amplo modelo de negócios num mercado competitivo e em expansão”, e por isso, parte do projeto também focará em “sua emergência como objeto de saber”. |
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Francisca Dantas Mendes (Each), com o projeto "Arte e Cultura a partir do Lixo e da Invisibilidade". Período: 1 ano. Francisca é professora da Each e doutora e mestre em engenharia de produção pela Universidade Paulista (Unip). Seu projeto envolve um trabalho de arte e cultura com a população de rua da cidade de São Paulo. A ideia é utilizar pedaços de tecidos descartados como lixo para a confecção de peças de “artesanato artístico impregnado de cultura”. Francisca justifica o projeto em razão da necessidade de soluções para minimizar os impactos causados pelas indústrias de vestuário ao meio ambiente — como a crescente geração de resíduos de produção e o descarte de peças de roupas pós-consumo. |