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Júlio Renato Lancelotti é sacerdote católico, formado em pedagogia e teologia, foi professor primário, professor universitário, membro da Pastoral do Menor da Arquidiocese de São Paulo desde seu início e há mais de dez anos é o Vigário Episcopal do povo de rua, com muitas virtudes e particularmente a virtude da caridade vivida na esperança. Padre Júlio é fiel servidor da Igreja de Cristo há 22 anos como presbítero.
É pároco da pequena Igreja São Miguel Arcanjo, na Mooca, zona leste de São Paulo. Um sacerdote de missa diária e compromisso eterno. Um homem que não se cansa de lutar contra o pecado e a injustiça. Um testemunho para a comunidade, em que senhores e senhores se cotizam para ajudar a emancipar pessoas de situações de miséria e de exclusão. A categoria "povo de rua" não é uma criação sua, nem neologismo, mas um conceito válido para compreender estas milhares de pessoas que vivem nas ruas paulistanas. Pesquisa de órgãos de governo e de Universidades revelam que nessa "categoria" há famílias, há jovens, há gente desempregada, há drogados, há crianças, há estrangeiros, há negros, brancos, mestiços, há gente pobre e migrante, há gente que foi rica e há até aqueles com universidade feita. Há muitos alcoólatras. Há muitos jovens. Há catadores de papel. Há trabalhadores e albergados. E há muitos: algo como dez a quinze mil pessoas. É, portanto, realidade complexa que exige respostas complexas. A Igreja de Padre Júlio sempre foi abrigo; pequenina que é, desde seu nascedouro, pois os católicos da Mooca e Belenzinho, sempre souberam acolher os mais pobres com amor e carinho. Nenhuma grade jamais existiu nesta Capela e Igreja para impedir de receber qualquer ser humano. Dezenas de comunidades na Zona Leste, particularmente aquelas que existem nas favelas se cotizaram para construir a comunidade S. Martinho. Para apoiar a Casa Vida, para acompanhar a Liberdade Assistida, para visitar a FEBEM, para valorizar as crianças, para apoiar os portadores de HIV-AIDS, para recolher e apoiar migrantes e sem teto. Tudo fizeram para rezar e partilhar na Catedral de Oração no bairro da Luz, esta construída com doação de budistas japoneses da Fundação Niwano. Fizeram com o Padre Júlio aquilo que todos sempre quiseram e buscaram numa cidade digna: transformar as vidas e construir igualdade social. Padre Júlio é Doutor Honoris Causa pela PUC-SP. Padre Júlio recebeu no Rio de Janeiro o Prêmio Alceu Amoroso Lima das mãos do reitor da Universidade Candido Mendes. Padre Júlio é diretor da Casa Vida I e II. Padre Júlio é da Pastoral do Menor. E de inúmeras Comissões de Direitos Humanos. Padre Júlio Renato Lancelotti é um homem transparente. Não é conivente com o pecado nem com a injustiça.
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