Lincoln Suesdek

Graduado em Ciências Biológicas pelo Instituto de Biociências da Universidade de São Paulo, Mestre e Doutor em Biologia-Genética pelo Instituto de Biociências da Universidade de São Paulo. Cursou extensões profissionais “Mastering Innovation and Design-Thinking” e “Design and Analysis of Experiments” no Massachusetts Institute of Technology (MIT ), Estados Unidos. Atualmente é pesquisador científico PqC-6 no Instituto Butantan. Foi membro do Conselho de Pesquisa do Instituto Butantan.

Orientador e docente de pós-graduação do Instituto de Medicina Tropical da USP e do programa de aperfeiçoamento do CEFOR-Secretaria do Estado da Saúde (SP). Supervisor de 5 Pós-Doutoramentos, 10 Mestrados, 5 Doutoramentos, 3 Aperfeiçoamentos e 7 Iniciações Científicas. Coordenou diversos projetos científicos com fomento da FAPESP ou CNPq ou CAPES.

Tem colaborações internacionais com Emory University (Atlanta, USA), Natural History Museum (London, UK) e Université de Montpellier (France). Recebedor de 9 prêmios científicos. Bolsista de Produtividade do CNPq 1D e Membro da Mensa Society.

Sua linha de pesquisa visa ampliar as fronteiras do conhecimento e buscar soluções inovadoras  referentes a mosquitos vetores de patógenos humanos no mundo. Espera-se reduzir o impacto de doenças como Dengue, Zika, Chikungunya, Febre, Amarela, Malária, etc, que ameaçam bilhões de pessoas. Esta linha está baseada em 6 pilares temáticos que embora tenham identidade própria, estão transversalmente conectados: Desenvolvimento de banco de dados morfométricos de mosquitos nocivos; Endossimbiose em mosquitos; Expressão gênica e infecção por patógenos; Microevolução de mosquitos e seu impacto na saúde pública; Epidemiologia de arboviroses; Divulgação científica ao grande público.

PROJETO DE PESQUISA NO IEA-USP PROGRAMA CIDADES GLOBAIS

Título do projeto: Mosquitos vetores de doenças na paisagem urbana: Estudo multidisciplinar de interações sócio-ecológicas

Supervisor: Prof. Dr. Carlos Navas

Período: 04/2021 a 03/2023

Mosquitos transmitem arbovírus causadores de Dengue, Febre Amarela, Zika, Chikungunya, doenças que afetam bilhões de humanos globalmente. Como não existem vacinas para todas essas doenças, controlar o mosquito vetor é a principal proteção à saúde coletiva. Alguns mosquitos como o Aedes aegypti são urbanos, cosmopolitas, sinantrópicos, evoluem e se adaptam rápido graças ao seu rico patrimônio genético. O controle do mosquito é muito desafiador e ainda mais dificultado por características antropológicas e ambientais urbanas. A paisagem urbana, manifestada na higiene, arquitetura, saneamento, mobilidade, desigualdade econômica tem impulsionado a proliferação de mosquitos e doenças. A despeito da influência ambiental urbana sobre a dinâmica evolutiva e demográfica dos mosquitos, ainda pouco conhecemos sobre esse complexo sistema epidemiológico. A sociedade carece de modelos multidisciplinares que diagnostiquem a influência dessas variáveis conjunturais sobre a proliferação dos mosquitos, e que possa predizer o cenário epidemiológico, subsidiando políticas públicas de controle das arboviroses.

Objetivo: Para reduzir esta lacuna do conhecimento investigaremos a influência de variáveis ambientais sobre a infestação de mosquitos Aedes aegypti. A localidade-piloto será a cidade portuária de Santos (SP), a qual atua como “porta-de-entrada” de mosquitos de genótipos exóticos e apresenta alta incidência de arboviroses.

Metodologia: O município será analisado mediante armadilhas de vigilância sistematizada para Ae. aegypti que fornecem dados biológicos (índice de Infestação e de Diversidade Morfológica Alar. As variáveis ambientais serão socioeconômicas, (acesso a saneamento básico, escolaridade e renda per capita) e geográficas (cobertura vegetal, temperatura, pluviosidade). Usando métodos estatísticos multivariados (regressão, componentes principais, machine learning), testaremos correlação entre os dados e essas variáveis, visando quantificar a influência do ambiente na proliferação dos mosquitos.

Perspectivas: Havendo correlação entre variáveis ambientais e dados biológicos, construiremos modelo matemático que quantifique tal correlação. Esperamos assim obter um modelo preditivo de baixo custo que auxilie políticas públicas de vigilância epidemiológica.

Palavras-chave: Epidemiologia, Saúde Pública, Mosquitos, Sensoriamento remoto, Evolução.

Síntese do Projeto

INTERFACES COM AS ODS: