Política editorial
O primeiro número de Estudos Avançados saiu no final de 1987, um ano depois da criação do Instituto de Estudos Avançados. O projeto da revista nasceu e cresceu em íntima conexão com o novo instituto da USP. Como este, visava a estimular uma prática transdisciplinar, que a especialização em todos os ramos do conhecimento tornava cada vez menos factível. Lançar pontes entre as Ciências da Natureza e as Ciências Humanas continua sendo um projeto fundamental, embora difícil de realizar.
A esse primeiro objetivo acrescentava-se outro, de igual relevância: a revista deveria secundar um dos desígnios centrais do IEA: pensar o Brasil, conhecer a fundo o seu presente para ajudar a construir o seu futuro. A meta era – e ainda é – criar um estilo de desenvolvimento não só econômico, mas social e cultural sem descartar a defesa do ambiente. Hoje, esse mesmo complexo de atributos recebe o nome de desenvolvimento sustentável. Os valores de justiça e democracia de uma nação não se proclamam sem que se proceda a uma análise objetiva das condições materiais e culturais em que vive o seu povo.
Dessa dupla visada, científica e ética, resultaram os 110 números de Estudos Avançados publicados até o presente. Se a tarefa que se propuseram os editores foi cumprida a contento, não cabe a nós julgar. Entendemos que cabe aos especialistas e aos leitores o papel de ajuizar o programa e sua execução.
Política de direitos autorais e licença de uso
Estudos Avançados publica os artigos em acesso aberto (Open Access) sob a licença Creative Commons Attribution Non-Commercial, que permite uso, distribuição e reprodução em qualquer meio, sem restrições desde que sem fins comerciais e que o trabalho original seja corretamente citado.
Política de ética e plagiarismo
O problema mais grave em termos de ética editorial consiste em admitir a publicação de textos plagiados de periódicos nacionais e estrangeiros.
Nesses 33 anos de existência, Estudos Avançados não registrou nenhuma ocorrência ou denúncia de plágio total ou parcial. Esse resultado deveu-se ao recurso a três prodecimentos: 1. todo artigo recebido é facilmente cotejado, via internet, com outros da mesma área temática; 2. a revista vale-se de uma rede de pareceristas especializados que tem condições de verificar a originalidade dos textos, e 3. passou a adotar já há algum tempo os softwares identificadores de plágio IThenticate e Turnitin.
Em sua edição número 80 (jan.abr., 2014), Estudos Avançados publicou um conjunto de texto sob a rubrica “Integridade e inovação científica”, coordenado pela Professora Sueli Gandolfi Dallari (Presidente da Comissão de Ética da USP – 2012-2014), que se destinou a contribuir para o predomínio de comportamentos éticos na Universidade de São Paulo.
Declaração de ética e de boas práticas de publicação
Os originais submetidos para apreciação por meio do endereço eletrônico oficial da revista (estudosavancados@usp.br)ou por meio de submissão on-linevia Scielo, são analisados em uma primeira etapa pela Mesa Editorial, quanto à observância do atendimento das normas editoriais, coerência interna do texto, pertinência do conteúdo do original à linha editorial do periódico e contribuição para a inovação do conhecimento.
Sendo aprovados na etapa preliminar, os originais são encaminhados para apreciação de mérito de seu conteúdo. Para tanto, utiliza-se o modelo peer review, de forma a garantir o sigilo quanto à identidade dos consultores e dos autores. A análise do texto é feita com base no instrumento de avaliação do periódico. Os pareceres encaminhados pelos consultores são analisados pela Mesa Editorial quanto ao cumprimento das normas de publicação, conteúdo e pertinência. Após esse processo, são enviados aos autores com indicação de aceitação, reformulação ou recusa.
No que respeita, portanto, às chamadas Boas Práticas Editoriais, seguimos normas de consenso e bom senso. Em primeiro lugar, considera-se a avaliação dos manuscritos recebidos. O texto deve ser enviado a um parecerista escolhido entre os pesquisadores de notória competência na área de conhecimento em que se inscreve a colaboração. O nome do consultor deve ser resguardado por um estrito sigilo. A revisão dos artigos desenvolvida é direcionada no sentido de que seja assegurada a integridade da revisão por pares cega.Nas revisões "duplo-cegas" adotada por Estudos Avançadoso nome do autor (ou autores) nem o nome dos revisores são revelados uns aos outros. O parecer, quer favorável, quer contrário, quer sem restrições, quer com restrições, é enviado imediatamente ao interessado. Sendo favorável, informa-se ao autor o tempo provável para publicar o seu texto. Sendo favorável com restrições, se estas forem acatadas pelo interessado, a sua nova versão será reexaminada pelo mesmo parecerista. O tempo médio desses procedimentos varia de um a três meses dependendo da presteza do consultor.
Já há algum tempo, Estudos Avançadosadou o software de identificação de plágio iThenticate e mais recentemente a ferramenta Turnitin que permite análise de similaridade de textos fortalecendo a integridade acadêmica e científica.