Quatro Teses sobre o Presente e o Futuro do Trabalho na Era da Inteligência Artificial

Com a expansão das plataformas digitais e da ‘Indústria 4.0’, presentes no capitalismo financeiro que comanda o tempo atual, as consequências para o mundo do trabalho são de grande intensidade.

Para melhor compreendê-las, serão apresentadas quatro teses:

1) foi com a eclosão da pandemia, que se ampliaram os ‘laboratórios de experimentação do trabalho pelo capital’, sendo que o ‘trabalho uberizado’ tornou-se exemplo emblemático, não somente no Sul Global, mas em escala global;

2) vê-se florescer, também, um aparente paradoxo no mundo do capital, que pode ser assim resumido: o ‘capitalismo de plataforma’, em pleno século XXI, com os algoritmos e a inteligência artificial, cada vez mais se utiliza de modalidades de exploração do trabalho vigentes na protoforma do capitalismo, nos séculos XVII e XIX;

3) com o advento da ‘Indústria 4.0’ e do ‘capitalismo de plataforma’, soldaram-se as duas pontas de um mesmo processo destrutivo em relação ao trabalho humano, levando a uma nova era de ‘desantropomorfização’ do trabalho;

4) mas tal processo não ocorre sem contradições, pois uma ‘nova morfologia do trabalho’, com a consequente expansão do proletariado de serviços, vem sinalizando uma nova era das lutas sociais.

São estas quatro teses que serão apresentadas e debatidas pelo Prof. Ricardo Antunes, no 10º Seminário Interdisciplinar promovido pelo Observatório dos Impactos das Novas Morfologias do Trabalho sobre a Vida e Saúde da Classe Trabalhadora , com o objetivo de oferecer uma compreensão mais abrangente dos tantos desafios que afetam o mundo do trabalho.

Abertura e Mediação:

René Mendes (coordenador do Observatório dos Impactos das Novas Morfologias do Trabalho sobre a Vida e Saúde da Classe Trabalhadora, IEA)

Convidado:

Ricardo Antunes (professor titular de Sociologia no IFCH/Unicamp)

Debate:

Arnaldo Mazzei Nogueira (FEA-USP/PUC-SP)

Transmissão:

Acompanhe a transmissão do evento em www.iea.usp.br/aovivo

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