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Catálogo de exposição realizada pelo MoMa em 1996 sobre transformações na impressão de 1980 a 1995 |
A curadora de artes visuais Breda Skrjanec, do Centro Internacional de Artes Gráficas da Eslovênia, considera que a gravura contemporânea evoluiu de seus processos básicos para um território interdisciplinar mais amplo, que cobre grande parte da prática artística pós-moderna. "Expandiu-se da concentração em técnicas gráficas para incluir instalações e produções digitais em diversas formas."
Breda falará dessas mudanças na conferência Perspectivas da Técnica da Gravura - Pensando através da História
até os Processos Pós-Modernos e Intervenção Social, no dia 27 de agosto, às 10h30, no IEA. O evento será em inglês, sem tradução.
Organizada pelo Grupo de Pesquisa Khronos: História da Ciência, Epistemologia e Medicina, a conferência terá moderação de Gildo Magalhães dos Santos, da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) da USP e coordenador do grupo. A participação é gratuita e aberta a todos os interessados, com inscrição prévia. Quem não puder comparecer poderá acompanhar a conferência ao vivo pela internet.
Com base na história, a expositora tentará refletir sobre a situação contemporânea através da sugestão de alguns agrupamentos e categorias que lhe foram revelados ao longo dos anos de sua prática curatorial no mundo da gravura. "Hoje, todas as mídias, incluindo a gravura, pesquisam processos interdisciplinares pós-modernos e intervenções de prática social."
Para ela, um marco na evolução recente da gravura foi a exposição "Thinking Print: Books to Billboards, 1980-1995", realizada pelo Museu de Arte Moderna (MoMa) de Nova York em 1996. Essa mostra "detectou e legitimou mudanças na gravura contemporânea para um campo expandido". Na opinião de Breda, a "Thinking Print" provou que as antigas regras e estruturas da disciplina da gravura foram rearranjadas e desconsideradas, "com as fronteiras estéticas começando a se dissolver e permitir mudança, fluxo e transgressão".