Você está aqui: Página Inicial / EVENTOS / E se a Pandemia Acontecesse Hoje? O Mundo Está Mais Preparado do que Há Cinco Anos?

E se a Pandemia Acontecesse Hoje? O Mundo Está Mais Preparado do que Há Cinco Anos?

por Sandra Sedini - publicado 18/02/2025 10:40 - última modificação 21/02/2025 14:47

Detalhes do evento

Quando

de 11/03/2025 - 14:00
a 11/03/2025 - 16:00

Onde

IEA, Sala Alfredo Bosi, Rua da Praça do Relógio, 109, térreo, Cidade Universitária, São Paulo

Nome do Contato

Adicionar evento ao calendário

Neste evento serão abordados os avanços da OMS na preparação para futuras pandemias, incluindo as emendas ao Regulamento Sanitário Internacional e o acordo sobre pandemias. Também serão analisados os consensos e dissensos dessas negociações sob a perspectiva do Sul Global e a abordagem brasileira baseada no SUS.

Os pesquisadores irão destacar a importância da coordenação multissetorial na resposta a pandemias, enfatizando transparência, diretrizes claras e comunicação eficaz. O debate se concentra na necessidade de conexões institucionais e internacionais para detecção precoce e resposta rápida.

Essa palestra é a primeira do ciclo “Resiliência Global: Estratégias para a Próxima Pandemia”, organizado pelos professores Anna Levin (FM-USP), Deisy Ventura (PPG em Saúde Global e Sustentabilidade da FSP-USP), Eliseu Waldman (FSP-USP), Ester Sabino (FM-USP), Lorena Barberia (FFLCH-USP), Nelson Gouveia (FM-USP), Maria Amélia Veras (Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo), Roseli de Deus Lopes (IEA e POLI-USP) e Silvia Figueiredo Costa (FM-USP).

Transmissão

Acompanhe a transmissão do evento pelo canal do YouTube do IEA

Inscrições

Evento público e gratuito

Com inscrição | Não haverá certificação

Organização

IEA

Faculdade de Medicina (FM-USP)

Programação

“Análise das negociações do acordo sobre pandemias - por uma abordagem brasileira da preparação e da resposta às emergências"

Deisy Ventura, professora titular da Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo (FSP-USP) e vice-diretora do Instituto de Relações Internacionais (IRI-USP)

Ementa: No âmbito da Organização Mundial da Saúde (OMS), desde 2022 estão em curso dois processos cruciais para o enfrentamento das próximas pandemias: as emendas ao Regulamento Sanitário Internacional, adotadas em maio de 2024 e em fase de implementação nos Estados Partes, que trazem novas disposições sobre equidade e instituem a nova categoria “emergência pandêmica; e o acordo sobre pandemias, cuja adoção, por falta de consenso entre governos, foi postergada para maio de 2025.

Após um breve balanço dos pontos principais de consenso e dissenso destas negociações, realizado sob a perspectiva do Sul Global, será proposta uma abordagem brasileira da preparação e resposta às pandemias. Diferenciando-se de enfoques biomédicos e securitários do Norte Global, ela se baseia na experiência do Sistema Único de Saúde, na tradição pátria de cooperação internacional em saúde, nas lições da resposta do Brasil à covid-19, particularmente de governos locais e de comunidades/grupos periféricos, além da resposta do governo federal às emergências internacionais de saúde precedentes.

“Podemos melhorar a resposta às novas epidemias?"

Denise Cardo, consultora executiva, ex-lider sênior do CDC (U. S. Centers for Disease Control and Prevention)

Ementa: O Regulamento Sanitário Internacional, adotado pela Assembleia Mundial da Saúde em 2005, estabelece diretrizes para a prevenção e o controle internacional de doenças emergentes, com foco nas capacidades nacionais e na implementação de políticas de emergência em saúde pública.
Um princípio fundamental é o controle de surtos na origem associado a prevenção da transmissão entre fronteiras.

Diversos relatórios sobre as lições aprendidas na resposta global e nacional à COVID-19 destacam a necessidade de uma coordenação multissetorial, tanto em nível nacional quanto subnacional, além de enfatizar a importância da transparência, de diretrizes claras com métricas específicas e de uma comunicação eficaz. Indicadores como o 7-1-7 têm sido propostos em vários países como parte desse processo.

Embora haja progressos em diversos países, as respostas recentes a doenças emergentes demonstram que desafios significativos ainda persistem. Neste contexto, discutiremos as lições aprendidas e a urgente necessidade de promover conexões institucionalizadas para a detecção precoce e a ação efetiva, com o objetivo de salvar vidas.

Moderação: Eliseu Waldman, FSP-USP