Professores honorários
Alberto Carvalho da Silva (1916-2002), professor emérito da USP, da Faculdade de Medicina e do Instituto de Ciências Biomédicas Título de professor honorário do IEA conferido em 21/6/1994 Graduado na Faculdade de Medicina (FM) da USP em 1940, Carvalho da Silva foi assistente, livre-docente, professor adjunto e catedrático do Departamento de Fisiologia da FM. Também frequentou o curso de filosofia e ciências sociais e o curso de química (como ouvinte) da Universidade. Entre 1946 e 1960, foi bolsista da Fundação Rockefeller no Departamento de Nutrição da Universidade Yale, Departamento de Fisiologia da Universidade de Chicago e Departamento de Nutrição do Instituto de Tecnologia de Massachusetts. Em 1969, com a edição do Ato Institucional nº 5, foi afastado compulsoriamente da USP pela ditadura militar. Daquele ano até 1980, trabalhou na Fundação Ford como consultor técnico em ciência, tecnologia e nutrição dos escritórios da fundação no Rio de Janeiro, Santiago e Lima. Atuou também como consultor do Banco Mundial em programas de nutrição no Brasil (1974-79), Indonésia (1979) e México (1982). De 1979 a 1983, integrou o Advisory Group of Nutrition do Subcomitê de Nutrição da ONU. Trabalhou ainda como consultor da Universidade das Nações Unidas em Moçambique e Angola (1981) e da Interamerican Foundation em Santiago (1982). Reintegrado à USP em 1980, foi diretor do Departamento de Fisiologia do Instituto de Ciências Biomédicas (ICB). Na Fapesp, foi diretor científico (1968-69) e diretor presidente (1984-93). Nos anos 1990, presidiu a Academia de Ciências do Estado de São Paulo. No IEA, Carvalho da Silva coordenou a Área de Política Científica e Tecnológica do Instituto até 2001, além de participar de várias outras atividades, como a comissão que produziu o documento "A Presença da Universidade Pública" (1998) e a comissão que elaborou o Código de Ética da USP (2000/01). Contribuiu várias vezes com a revista "Estudos Avançados". Organizou vários encontros e seminários sobre política científica e tecnológica, segurança alimentar, política industrial brasileira e relações universidade-empresa. |
Alberto Luiz da Rocha Barros (1930-1999), professor do Instituto de Física Título de professor honorário do IEA conferido in memoriam em 30/9/2013 Físico teórico e professor do Instituto de Física da USP, Rocha Barros foi um dos mais conhecidos e respeitados professores da USP por suas ideias e pela sua intensa militância política. Ao longo de suas atividades docentes, Rocha Barros sempre privilegiou o ensino da física, marcando uma posição coerente, que o acompanhou por toda a vida. Acreditava que a universidade deveria evidenciar, mais do que a pesquisa e a extensão, o debate acadêmico e o ensino, difundindo o aprendizado em todos os seus níveis. Talvez, por esta razão, não tenha se preocupado em ascender na carreira acadêmica, permanecendo Auxiliar de Ensino até o fim de sua vida. Na graduação era extremamente respeitado pelos seus alunos, que afluíam para as suas aulas. Antigo militante do PCB (Partido Comunista Brasileiro), soube como poucos aglutinar em torno de sua pessoa amigos das mais variadas tendências em que se divide a esquerda brasileira e, também, do centro democrático. Aberto ao diálogo, promovia com freqüência a aproximação dessas forças sempre visando a defesa da universidade pública, autônoma, voltada para a excelência do ensino e da pesquisa. Em 1976, juntamente com dezenas de professores identificados com os princípios democráticos, começou a batalhar arduamente pelo retorno dos exilados e pela anistia política dos professores atingidos pelos atos de exceção da ditadura militar. Contribuiu nesta época para a transformação da então Associação dos Auxiliares de Ensino da USP na atual Adusp, integrando a sua primeira diretoria provisória. Conhecido pelo seu bom humor, Rocha Barros era pródigo de ideias, contribuindo com frequência nas atividades da Adusp e com várias sugestões para as atividades do IEA, onde fez parte do seu grupo fundador na década 80. Trabalhou em projeto de intercâmbio com centros de ensino superior de Cuba, para onde pretendia levar a sua colaboração como professor de física quando se aposentasse. (Com informações da edição de junho de 1999 da "Revista da Adusp".) |
Alfredo Bosi (1936-2021), professor emérito da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas Título de professor honorário do IEA conferido em 22/11/2006 Bosi ingressou em 1955 no curso de letras neolatinas da então Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras. Ele 1958, especializou-se em literatura brasileira, filologia românica e literatura italiana, que passou a lecionar no ano seguinte. Depois passou dois anos estudando estética e filosofia da renascença na Universidade de Florença, Itália. De 1963 a 1970, retomou o ensino de literatura italiana na USP, período em que defendeu o doutorado (1965; sobre a narrativa de Luigi Pirandello) e a livre-docência (1970; sobre a poesia de Leopardi). Em 1970, passou a lecionar literatura brasileira, tendo se tornado professor titular da disciplina em 1972. Realizou pesquisas nos Estados Unidos, com o apoio da John Simon Guggenhein Memorial Foundation, e na França. Também ministrou cursos e proferiu conferências na nesses dois países e em Cuba, Espanha e Uruguai. Em 2003, foi eleito para a Cadeira nº 12 da Academia Brasileira de Letras. Bosi participou do IEA desde seu início, tendo sido indicado por Antonio Candido para integrar a primeira formação do Conselho Deliberativo do Instituto, em 1987. Em 1989, foi escolhido para ser o editor da revista “Estudos Avançados”, função que desempenhou durante 30 anos. Ele foi vice-diretor (1987-1997) e diretor (1998-2001) do IEA. Teve participação fundamental em várias iniciativas sediadas no Instituto, como a coordenação do Programa Educação para a Cidadania, da Cátedra Simón Bolívar (convênio com a Fundação Memorial da América Latina), Cátedra Lévi- Strauss (convênio com o Collège de France) e do Grupo de Estudos Literatura e Cultura. Também no IEA, organizou o documento coletivo “A Presença da Universidade Pública” e presidiu a comissão elaboradora do Código de Ética da USP. Foi o primeiro presidente da Comissão de Ética da Universidade. Bosi escreveu, entre outros livros, “O Pré-Modernismo” (1966), “História Concisa da Literatura Brasileira“ (1970), "O Ser e o Tempo da Poesia” (1977), “Dialética da Colonização” (1992; Prêmio Jabuti de 1993), “Machado de Assis: O Enigma do Olhar” (1999; Prêmio Jabuti de 2000) e “Ideologia e Contraideologia” (2010). |
Antonio Candido de Mello e Souza (1918-2017), professor emérito da USP e da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas Título de professor honorário do IEA conferido em 13/8/1997 Sociólogo, professor, crítico literário e ensaísta, Cândido ingressou nos cursos de direito e de filosofia e ciências sociais da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras (FFCL) da USP em 1939. Dois anos mais tarde, começou a exercer a crítica literária na revista "Clima", criada por ele, Décio de Almeida Prado, crítico de teatro, Paulo Emílio Salles Gomes, crítico de cinema, e pela ensaísta Gilda de Mello e Souza, entre outros. Abandonou o curso de direito no quinto ano, e concluiu o bacharelado e licenciatura em filosofia em 1942, ano em quese tornou docente da FFCL como assistente de sociologia do professor Fernando de Azevedo (1894-1974). Obteve o título de livre-docente em literatura brasileira em 1945. Com a tese "Os Parceiros do Rio Bonito", tornou-se doutor em ciências sociais em 1954. Cinco anos depois, lançou sua obra mais influente e polêmica, "Formação da Literatura Brasileira", na qual analisou os momentos decisivos da formação do sistema literário brasileiro. Em 1961, assumiu o posto de professor colaborador de teoria literária e literatura comparada na FFCL. Entre 1964 e 1966, deu aulas de literatura brasileira na Universidade de Paris, França. Foi professor visitante de literatura brasileira e comparada na Universidade de Yale, Estados Unidose, em 1968. Aposentou-se em 1978, mas permaneceu ligado à pós-graduação e à orientação de trabalhos acadêmicos na USP. Com outros intelectuais, como Sérgio Buarque de Holanda (1902-1982), participou da fundação do Partido dos Trabalhadores (PT), em 1980. Recebeu o Prêmio Camões, concedido pelos governos de Brasil e Portugal em 1998. Em 2005, foi agraciado com o Prêmio Internacional Alfonso Reyes, no México. No IEA, contribuiu com a revista "Estudos Avançados", proferiu conferências e participou de debates.(Com informações da Enciclopédia Itaú Cultural.) |
Aziz Nacib Ab'Sáber (1924-2012), professor emérito da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas Título de professor honorário do IEA conferido em 21/6/1994 Aziz Nacib Ab’Saber, foi professor emérito da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) da USP e presidente da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) de1993 a1995, Ab’Saber foi um dos mais importantes estudiosos da Geomorfologia brasileira. Atuou também como pesquisador das áreas de Ecologia, Biologia Evolutiva, Fitogeografia, Geologia, Arqueologia e Geografia. Formou-se em Geografia e História pela USP em 1944, onde tornou-se Doutor em Geografia (1956), livre-docente (1968) e professor titular de Geografia Física (1968). Ao longo da carreira, Ab’Saber recebeu diversos prêmios como o Prêmio Jabuti em Ciências Humanas (1997 e 2005), e em Ciências Exatas (2007); o Prêmio Almirante Álvaro Alberto para Ciência e Tecnologia (1999), concedido pelo Ministério da Ciência e Tecnologia; a Medalha de Grão-Cruz em Ciências da Terra pela Academia Brasileira de Ciências; o Prêmio Unesco para Ciência e Meio Ambiente (2001); e o Prêmio Juca Pato, de Intelectual do Ano (2011). Nascido em em 24 de outubro de 1924, em São Luiz do Paraitinga (interior de São Paulo), era pai de duas filhas e avô de seis netos. (Referência: Agência USP de Notícias). A. Contribuiu com a revista "Estudos Avançados" e participou de diversas conferências e palestras desde a fundação do Instituto em 1986. Na década de 90, coordenou o Projeto Floram desenvolvido pelo IEA. (Com informações da Agência USP.) |
Carlos Guilherme Mota, professor emérito da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas Título de professor honorário do IEA conferido em 21/6/1994 Possui Graduação em História pela Universidade de São Paulo (1963), Mestrado em História Moderna e Contemporânea pela Universidade de São Paulo (1967) e Doutorado em História Moderna e Contemporânea pela Universidade de São Paulo (1970). Atualmente é professor titular na Universidade Presbiteriana Mackenzie e na Universidade de São Paulo. É professor emérito da FFLCH/USP. Foi consultor e professor visitante no Centro de Estudos Brasileños da Universidad de Salamanca, professor visitante das Universidades de Londres, Texas e da Escola de Altos Estudos (Paris). É Presidente do Comitê Científico da Universidade Presbiteriana Mackenzie, ex-Professor titular do IFCH da UNICAMP, um dos fundadores do Memorial da América Latina, ex-Diretor do Arquivo do Estado de São Paulo, consultor da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior, assessoria do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico e consultor da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo, membro do conselho editorial da Revista Minius (Universidade de Vigo) e da Revista Estudos Avançados (USP), Revista Eletrônica Intellectus e da Revista Eletrônica Aedificandi. Tem experiência na área de História, com ênfase em História da Cultura e das Ideologias, atuando principalmente nos seguintes temas: arquitetura, urbanismo, Direito e mentalidades. (Referência: Currículo Lattes) Foi o primeiro diretor e fundador do IEA. Contribuiu com a revista Estudos Avançados e com a instalação de diversos grupos de pesquisa. Proferiu conferências e participou de diversos debates. |
César Ades (1943-2012), professor emérito do Instituto de Psicologia Título de professor honorário do IEA conferido in memoriam em 14/12/2020 Referência nacional e internacional em etologia (estudo do comportamento dos animais), Ades foi diretor do IEA de 2008 a 2011. Foi também diretor e vice-diretor do Instituto de Psicologia (IP), onde desenvolveu toda sua carreira acadêmica, da graduação à livre-docência, tendo se aposentado como professor titular meses antes de sua morte aos 69 anos em março de 2012. Integrou o Conselho Internacional de Etologistas e a Sociedade Internacional de Psicologia Comparativa, além de ter sido vice-presidente da Sociedade Brasileira de Etologia, da qual foi um dos fundadores. Foi editor da "Revista de Etologia" e membro conselho editorial das revistas "Behavior and Philosophy" e "Acta Ethologica". Participou do Conselho Curador da Fuvest e do Conselho Deliberativo do Hospital Universitário da USP. |
Crodowaldo Pavan (1919-2009), professor emérito da USP e professor do do Instituto de Biociências Título de professor honorário do IEA conferido em 13/8/1997 Professor emérito da Universidade de São Paulo (USP) e da Universidade de Campinas (Unicamp), Crodowaldo Pavan formou-se em história natural pela Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras (FFCL) em 1941 e, quatro anos depois, concluiu o doutorado no Departamento de Biologia Geral, sob orientação de André Dreyfuss, pioneiro nos estudos de genética e evolução no Brasil. Nos dois anos seguintes, como bolsista da Fundação Rockefeller, fez pós-doutorado na Universidade Columbia, em Nova York (EUA). Membro da delegação brasileira no comitê científico para estudos dos efeitos das radiações atômicas, junto à Organização das Nações Unidas (ONU). Foi presidente da Sociedade Brasileira de Genética, da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) e foi coordenador geral do Programa de Integração Genética do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). Crodowaldo Pavan recebeu, durante sua carreira, o Prêmio Nacional de Genética, em 1963; o Prêmio Moinho Santista de Biologia, da Fundação Moinho Santista, em 1980; e o Prêmio Alfred Jurzykowski, da Academia Nacional de Medicina, em 1986. (referência Currículo Lattes). No IEA contribuiu com a revista "Estudos Avançados", proferiu conferências e participou de debates. |
Eduardo Moacyr Krieger, professor emérito da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto Título de professor honorário do IEA conferido em 30/10/2007 No último ano do curso da Faculdade de Medicina de Porto Alegre, em 1953, trabalhando no Serviço de Cardiologia do Prof. Rubens Maciel, decidira dedicar-se à carreira universitária, na área clínica. Em 1954, ingressou no programa para formação de fisiologistas, criado pela CAPES em Porto Alegre (iniciativa do Prof. Rubens Maciel) e dirigido pelos fisiologistas argentinos liderados pelo Prof. Bernardo Houssay (Prêmio Nobel, 1947). A influência do Prof. Eduardo Braun-Menendez com quem trabalhou em hipertensão experimental, em Porto Alegre e Buenos Aires, foi decisiva para a escolha da carreira científica. Completou sua formação científica em fisiologia cardiovascular com o Prof. W. Hamilton em Augusta, Geórgia, USA em 1956-1957. No retorno para o Brasil, foi trabalhar na recém-criada Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, USP, no Departamento de Fisiologia, dirigido pelo neurofisiologista Prof. Miguel Covian, que era da Escola do Prof. Houssay. Aí desenvolveu toda a sua carreira universitária, de Professor Assistente a Titular (1974), criando um grupo de fisiologia cardiovascular responsável pela formação de novos grupos que hoje trabalham em Ribeirão Preto, São Paulo, Belo Horizonte, Vitória, Porto Alegre e Recife. Colaborou com o Prof. Sérgio Ferreira na última etapa da descoberta dos inibidores da enzima conversora da angiotensina, extraídos do veneno da jararaca, demonstrando sua eficácia na reversão da hipertensão experimental. Paralelamente às atividades de professor/pesquisador, preocupou-se com o desenvolvimento da Universidade e da Ciência no país. É um dos três editores que fundaram e dirigem o Brazilian Journal of Medical and Biological Research, uma das revistas científicas de melhor qualidade do país. Foi presidente da Academia Brasileira de Ciências . (Referência: Lattes CNPQ) No IEA, tem contribuído com a revista "Estudos Avançados' e participado de conferências e debates. |
Gerhard Malnic, professor do Instituto de Ciências Biomédicas Título de professor honorário do IEA conferido em 30/9/2013 Concluiu o doutorado em Ciências (Fisiologia Humana) pela Universidade de São Paulo em 1960. Atualmente é professor titular da Universidade de São Paulo. Publicou 135 artigos em periódicos especializados e 121 trabalhos em anais de eventos. Possui 13 capítulos de livros e 2 livros publicados. Possui 10 itens de produção técnica. Orientou 8 dissertações de mestrado e 18 teses de doutorado nas áreas de Fisiologia e Biofísica. Atua na área de Fisiologia, com ênfase em Fisiologia Renal. Em suas atividades profissionais interagiu com 96 colaboradores em co-autorias de trabalhos científicos. Em seu currículo Lattes os termos mais freqüentes na contextualização da produção científica, tecnológica e artístico-cultural são: Bicarbonato, H-ATPase, Microperfusao, Ph Celular, Acidificacao Urinaria, pH, Potassio, Ion H, Permuta Na/H e Cultura Celular. Foi diretor do Instituto de Ciências Biomédicas, e do Inst. Estudos Avançados, da USP. Membro titular, Academia Brasileira de Ciências. Academia de Ciências do Estado de São Paulo, Academia de Ciências da América Latina. Membro, Corpo Editorial: Kidney International, 1972 75; Brazilian Journal Biol.Med. Research, 1981-1991; American Journal of Physiology, Renal, membro Editorial Reviews Board, 1999-2007; Physiological Reviews, Editor Correspondente para a América Latina, 1975 80, 1999-2006. Foi vice-diretor do IEA e diretor de 2003 a 2005. |
Jacques Marcovitch, professor emérito da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade Título de professor honorário do IEA conferido em 14/12/2020 Diretor do IEA de 1989 a 1993, Marcovitch é doutor em administração pela Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade (FEA) e mestre pela Universidade Vanderbilt, EUA. Realizou pós-doutorado no Instituto Internacional de Administração, Suíça. Foi reitor da USP de 1997 a 2001, pró-reitor de Cultura e Extensão Universitária de 1994 a 1997 e diretor da FEA de 1983 a 1986. No setor público, presidiu as empresas de energia do Estado de São Paulo (CESP, CPFL, Eletropaulo e Comgás) e foi secretário de Economia e Planejamento do Estado de São Paulo. Atualmente, além das atividades acadêmicas como professor sênior da FEA, da qual é professor emérito, e do Instituto de Relações Internacionais (IRI) da USP, integra o Conselho Superior do Instituto Graduado de Estudos Internacionais e do Desenvolvimento (IHEID, na sigla em inglês). Recebeu do governo francês a Ordem Nacional da Legião de Honra da França. No Brasil, foi agraciado com a Grã-Cruz da Ordem do Rio Branco, outorgada pelo Ministério das Relações Exteriores, e a Grã-Cruz da Ordem Nacional do Mérito Científico, concedida pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI). |
João Steiner (1950-2020), professor do Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas Titulo de professor honorário do IEA conferido in memoriam em 14/12/2020 Diretor do IEA de 2003 a 2007 e diretor do Instituto Astronomia, Geofísicas e Ciências Atmosféricas (IAG), Steiner morreu em setembro de 2020, aos 70 anos, ainda integrante do quadro de professores ativos da USP como professor titular. Formou-se em física pelo Instituto de Física (IF) e tornou-se mestre e doutor pelo IAG, tendo realizado pós-doutorado na Universidade Harvard, EUA. Desde 2014, coordenava, pela Fapesp, a participação brasileira do projeto de construção do Telescópio Gigante de Magalhães, no Observatório Las Campanas, Chile. Antes, de 1996 a 2003, foi membro dos conselhos diretores dos telescópios Gemini, SOAR e GMT. Steiner foi presidente da Sociedade Astronômica Brasileira, secretário geral da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), diretor de Ciências Espaciais e Atmosféricas do Inpe (1987-1989), diretor do Laboratório Nacional de Astrofísica, secretário do MCTI e coordenador da implantação do Sistema Paulista de Parques Tecnológicos. Era membro da Academia Brasileira de Ciências, da Academia de Ciências do Estado de São Paulo e da Twas, além de membro honorário da Sociedade Astronômica Americana, dos EUA. |
José Goldemberg, professor emérito da USP, do Instituto de Física e do Instituto de Energia e Ambiente Título de professor honorário do IEA conferido em 21/6/1994 Doutor em Ciências Físicas pela Universidade de São Paulo da qual foi Reitor de 1986 a 1990. Foi Presidente da Companhia Energética de São Paulo (CESP); Presidente da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência; Secretário de Ciência e Tecnologia; Secretário do Meio Ambiente da Presidência da República; Ministro da Educação do Governo Federal e Secretário do Meio Ambiente do Estado de São Paulo. Foi Diretor do Instituto de Física da Universidade de São Paulo; professor/pesquisador: da Universidade de Paris (França): Princeton (Estados Unidos); High Energy Physics Laboratory da Universidade de Stanford, EUA; Universidade de Toronto, Canadá e ocupante da Cátedra Joaquim Nabuco da Universidade de Stanford (Estados Unidos). É Membro da Academia Brasileira de Ciências e Acadêmia de Ciências do Terceiro Mundo; Co-Presidente do Global Energy Assessment, sediado em Viena. É autor de inúmeros trabalhos técnicos e vários livros sobre Física Nuclear, Meio Ambiente e Energia em geral. Foi selecionado pela "Time Magazine" como um dos treze "Heroes of the Environment in the category of Leaders and Visionaries 2007". Recebeu o prêmio "Blue Planet Prize 2008" concedido pela Asahi Glass Foundation. (Referência: Lattes CNPq). No IEA, José Goldemberg participou em diversas conferências, projetos e contribuiu com a revista Estudos Avançados. |
Paschoal Senise (1917-2011) professor emérito da USP e professor do Instituto de Química Título de professor honorário do IEA concedido em 13/8/1997 Obteve os títulos de doutor (1942), livre-docente (1956) e professor titular (1965) pela Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras (FFCL) da USP. Na FFCL, Senise se concentrou na área de química analítica, propalando a visão de que a pesquisa deve se voltar para a elucidação de fenômenos básicos e gerar conhecimento amplo para que dele decorram, de maneira lógica e natural, as aplicações analíticas. Contribuiu nas linhas de extração com solventes, com destaque para sais de fosfônio, estudos de estabilidade de complexos, especialmente os de pseudo-haletos, desenvolvimento de spot tests e métodos quantitativos de análise. Cuidou da introdução de linhas de pesquisa em análise microquímica e química eletroanalítica depois do pós-doutorado que realizou na Universidade de Louisiana, nos Estados Unidos (1950-1952). Foi vice-presidente da Academia Brasileira de Ciências (1965-1981), membro (1957-1971) e vice-presidente (1960-1963) do Conselho Federal de Química e participou de várias sociedades científicas nacionais e internacionais. Foi membro do Conselho Universitário da USP (1968-1987), onde exerceu por 17 anos a Coordenação da Câmara de Pós-Graduação (equivalente à atual Pró-Reitoria), tendo sido um dos principais responsáveis pela implantação da pós-graduação na USP. Fez parte também do Conselho Deliberativo do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) (1968-1980). Recebeu a comenda da Ordem do Rio Branco, outorgada pelo Ministério das Relações Exteriores, em 1976, e a Grã-Cruz da Ordem Nacional do Mérito Científico da Presidência da República, em 1994. Ganhou as medalhas Jubileu de Prata da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (1973) e Simão Mathias da Sociedade Brasileira de Química (1997), além dos prêmios Heinrich Rheinboldt (1969), Moinho Santista/Bunge (1981) e Anísio Teixeira (1991). Também diretor do IQ em dois períodos (1986-1990 e 1994-1998). (Referência: Agência Fapesp). No IEA, contribuiu com a revista "Estudos Avançados e participou de eventos acadêmicos. |
Paulo Nogueira-Neto (1922-2019), professor emérito do Instituto de Biociências Título de professor honorário do IEA concedido em 21/6/1994 Graduado em História Natural pela Universidade de São Paulo (1958) e em Ciências Jurídicas e Sociais (1945), com doutorado em Ciências Biológicas (Zoologia) (1963), ambas pela USP. Professor emérito da USP, foi presidente da Associação de Defesa do Meio Ambiente do Estado de São Paulo (ADEMA-SP) e presidente da Fundação Florestal. Atuava na área de Ecologia, com ênfase em Conservação, principalmente nos seguintes temas: abelhas sem ferrão, comportamento, populações, sobrevivência e criação de abelhas. Na carreira universitária, galgou sucessivos postos na USP, sempre por concurso, até obter título de Professor Titular de Ecologia em 1988. Foi um dos fundadores do Departamento de Ecologia Geral, no Instituto de Biocências da USP. Aposentou-se em 1992, mas continuou orientando teses de doutorado. Foi presidente da ADEMA-SP (Associação de Defesa do Meio Ambiente - São Paulo), entidade conservacionista. Após sair da SEMA, foi Secretário de Meio Ambiente do Distrito Federal, organizando e dirigindo a SEMATEC. Criou e implantou a Área de Proteção Ambiental de Cafuringa, no DF. Fez parte da Comissão Brundtland, das Nações Unidas, de 1983 a 1986, como um dos dois representantes da América Latina. Foi nessa comissão que surgiu pela primeira vez a expressão "Desenvolvimento Sustentável". Chefiou ou participou como delegado de várias delegações oficiais brasileiras ao exterior. Foi vice-presidente da S.O.S. – Mata Atlântica; vice-presidente da W.W.F. no Brasil; presidente da ADEMA-SP (Associação de Defesa do Meio-ambiente); presidente da Comissão para implantação da Área de Proteção Ambiental Capivari-monos (SP); membro do board do World Resources Institute; vice-presidente do International Bee Research Association; membro do Advisory Group do PP-G7. Em abril de 1999, recebeu a Ordem Nacional do Mérito Científico, no grau de Grã Cruz, no Palácio do Planalto. Em 2001, recebeu o titulo de Professor Emérito do Instituto de Biologia da USP. Em novembro de 2008, recebeu a Medalha Rocha Lima, em São Paulo. Ocupou cadeira na Academia Paulista de Letras. No IEA, foi professor visitante, contribuiu com a revista Estudos Avançados, proferiu conferências e participou de diversos eventos. |
Renato Janine Ribeiro, professor da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas Título de professor honorário do IEA concedido em 23/2/2016 É professor titular da Universidade de São Paulo, na disciplina de Ética e Filosofia Política. Suas pesquisas estão relacionadas com os temas: Thomas Hobbes, filosofia, democracia, política, teoria política, filosofia política, republicanismo, universidade, Brasil e Inglaterra. Foi conselheiro do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) (1993-1997) e da Sociedade Brasileira para Progresso da Ciência (SBPC) (1997-1999), do qual também foi secretário (1999-2001). Como diretor de Avaliação da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) (2004-2008), Janine coordenou as avaliações trienais de mais de 2.500 cursos de mestrado e doutorado no Brasil em 2004 e em 2007. Na USP, além de conselheiro do IEA (2011-2014), foi membro da Comissão de Ética (2010-2012), representante dos professores titulares no Conselho Universitário (2009-2011) e presidente da Comissão de Cooperação Internacional da USP (1991-1994). Foi Ministro de Estado da Educação, de 6 de abril a 5 de outubro de 2015. Coordena no IEA o grupo de pesquisa O Futuro nos Interpela. |
Sérgio Oliveira Mascarenhas (1928-2021), professor emérito do Instituto de Física de São Carlos. Título de professor honorário do IEA concedido em 30/2/2002 Professor Titular da Universidade de São Paulo - Instituto de Física e Química de São Carlos (atualmente aposentado). Professor visitante: Universidades de Princeton, Harvard, MIT (EUA); Universidade Nacional Autonoma e Centro de Estudios Avanzados (México); Institute of Physical and Chemical Research (Japan), entre outros. Fundou e dirigiu: o Instituto de Física e Química de São Carlos USP; o Centro Nacional de Pesquisa e Desenvolvimento de Instrumentação Agropecuária em São Carlos (EMBRAPA); o Fórum Unicamp (Universidade de Campinas); a Fundação de Pesquisas Adib Jatene (Instituto Cardiologia Dante Pazzanese-SP). Membro do Conselho Universitário da UNICAMP. Diretor do Programa "Educação e Ensino de Ciências para a América Latina - Ford Foundation . Coordenador Geral da Rede de Inovação e Prospecção Tecnológica para o Agronegócio (RIPA)- Min. De Ci. E Tec. (MCT) e IEA-USP- São Carlos. Tem experiência na área de Física, com ênfase em Física da Matéria Condensada, atuando também nos seguintes temas: Biofísica Molecular; Física Médica; Física e Dosimetria das Radiações; Ciência e engenharia de materiais; Tomografia Computadorizada aplicada a pólos e agropecuária; Educação para Ciência; Ciência e arte em Arqueologia e restauro. Recebeu os seguintes premios: Comendador da Ordem Nacional do Mérito Científico (Presidência da República); Gugemheim Award (EUA); Fullbright Award (EUA); Yamada Foundation Award (Japão); Professor Emérito do Instituto de Física e Química de São Carlos (IFQSC/USP); Professor Emérito da Universidade Nacional (México); Cátedra Honorária M. Vallarta (México - Univ. Nac. Autonoma), entre outros. (Referência: Currículo Lattes) No IEA, foi coordenador do polo de São Carlos USP, onde fundou e dirige o Programa Internacional de Estudos e Projetos para a América Latina. |
Umberto Cordani, professor emérito do Instituto de Geociências Titulo de professor honorário do IEA concedido em 14/12/2020 Especialista em geocronologia, Cordani foi diretor do IEA de 1994 a 1997 e diretor do Instituto de Geociências (IGc) de 1981 a 1991. Especializou-se em geocronologia na Universidade da Califórnia em Berkeley, EUA, e obteve o título de doutor pela Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras (FFLC). Realizou pesquisa de pós-doutorado na Universidade Livre de Bruxelas, Bélgica. É professor emérito do IGc e foi professor visitante de diversas universidades estrangeiras, entre as quais a Universidade Livre de Bruxelas, a Universidade do Chile, a Universidade do Texas em Dallas, a Universidade de Oxford, a Universidade da Califórnia em San Diego, a Universidade de Estudos de Milão, a Universidade de Aveiro, a Universidade de Estrasburgo, a Universidade de Marselha e a Universidade Cornell. Presidiu a União Internacional de Ciências Geológicas. É membro da Academia Brasileira de Ciências bem como das academias de ciências de França, Portugal, Latino-Americana e da Academia Mundial de Ciências para o Desenvolvimento da Ciência em Países em Desenvolvimento (TWAS, na sigla em inglês). Recebeu a Grã-Cruz da Ordem do Mérito Científico, concedida pelo MCTI, e a comenda Ordem das Palmas Acadêmicas, conferida pelo governo francês. |
Yvonne Mascarenhas, professora emérita do Instituto de Física de São Carlos Título de professora honorária do IEA concedido em 30/10/2007 Possui graduação em Química pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1954), doutorado em Química (Físico-Química) pela Universidade de São Paulo (1963) e pós-doutorado pela Harvard University (1973). Atualmente é aposentada em exercício da Universidade de São Paulo. Tem experiência na área de Física, com ênfase em Física da Matéria Condensada. Atuando principalmente nos seguintes temas: Determinação de estruturas moleculares por difração de raios X por monocristais ou por pó microcristalino e estudos estruturais de materiais em solução ou sólidos semicristalinos usando espalhamento de raios X a baixos ângulos. Recebeu várias condecorações, prêmios e homenagens: Grã-Cruz da Ordem Nacional do Mérito Científico - Presidência da República do Brasil - out/1998; Homenagem pela dedicação ao ensino à pesquisa - Câmara Municipal/Prefeitura de São Carlos - 1997; Medalha Simão Mathias - Sociedade Brasileira de Química - 1998 e o prêmio "Francisco Salles Vicente de Azevedo" - Associação Brasileira de Cerâmica - 1991. (Referência Currículo Lattes). No IEA, foi vice-coordenadora do Polo e desde 2010 vem também se dedicando à Difusão Científica voltada para apoio ao Ensino Fundamental e Ensino Médio, coordenando um Grupo de Trabalho do Instituto de Estudos Avançados da USP, Polo de São Carlos, coordenando uma Agencia de Difusão Científica. |